PAIXÃO

Liguei agora o computador para escrever no blogger, sem saber exatamente o que escreveria, embora tenha muitas palavras em mente, mas o que faço sempre é deixar fluir o que me vem na mente e no coração, e abri o facebook no celular com Andrea Bocceli cantando uma música que fala de paixão e essa palavra me caiu perfeitamente na vontade de escrever sobre ela. Paixão é fogo de palha como se ouve dizer porque assim como começa queimando forte com altas labaredas, instantaneamente apaga restando apenas algumas pequenas e mínimas cinzas sem valor algum. A paixão é considerada como um sentimento ruim, um sofrimento, um sentimento devastador, um sentimento que só traz resultados negativos, onde a pessoa fica sem reação, sem noção do que é, de quem é, e do que é capaz, simplesmente se deixa levar por esse sentimento avassalador que faz a pessoa se sentir completamente tomada, cega, surda e muda, não escutando ninguém e nem nada, simplesmente vivendo o êxtase daquela paixão que a completa, que a preenche em tudo, fazendo-a perder a capacidade de discernimento, mas eu quero colocar um outro significado da paixão, uma outra situação em que podemos nos apaixonar e não ficarmos obcecados e totalmente tomados da falta de noção e deixarmos de sermos nós mesmos, muito pelo contrário, nos eleva, nos conduz a patamares maiores e melhores, nos faz mostrar que somos competentes, que somos capazes: em tudo que fizemos, em coisas que temos, em pessoas com quem convivemos. Podemos e devemos nos apaixonar pelo que estamos fazendo, pelo nosso trabalho, porque se não houver paixão não vai haver dedicação, não vai haver entrega, não vai haver doação para que haja sucesso, para que haja progresso e resultados positivos; podemos e devemos nos apaixonar pelos objetos, pelas coisas que temos, coisas materiais, mas sem aquele vínculo destrutivo que muitas pessoas acabam se transformando em materialistas, sofrendo quando não consegue o que quer ou quando perde o que tem, por isso digo que pelas coisas temos que ter paixão, que é superficial, embora pareça profunda, pois logo acaba ou, no caso, perdemos; podemos e devemos nos apaixonar pelas pessoas que convivem conosco no ambiente familiar, no trabalho, seja onde estivermos e tenham pessoas as quais nos relacionamos amigavelmente, sem vinculo amoroso intimo de namoro, mas sim uma amizade verdadeira, natural e que nos façam bem, A paixão pode ser positiva, sem sofrimento quando se tem consciência do real sentimento que estamos tendo, sem máscaras, sem amarras, sem devaneios, sem mentiras para nós mesmos. Nós, seres humanos, somos muito suscetíveis a mudanças rápidas de sentimentos. O amor se transforma em ódio, a paz se transforma em guerra, a alegria em tristeza, o sorriso em choro, assim como a paixão em nada. Devemos estar sempre atentos aos nossos sentimentos, pois essa doação total pode confundir nossas cabeças e principalmente nossos corações. Tudo que é em excesso prejudica, sem dúvida alguma. Tudo, não importa o que estiveres pensando, deve ser feito na dose certa, com muita parcimônia, muito cuidado para que não hajam consequências desagradáveis posteriores. Mas, nem por isso, devemos deixar de nos apaixonar, nos entregar, nos dedicar completamente para tudo, não importa o que for, para que as consequências sejam agradáveis e o esperado seja um resultado extremamente positivo. Estar apaixonado nos faz viver mais intensamente. A paixão nos arrebata e isso nos traz um alívio de qualquer coisa pesada, enfadonha ou maldosa, porque estamos alucinados pelo bem estar que ela, a paixão, nos proporciona. Muitas pessoas não se permitem se apaixonar, por medo, porque sabem o que pode acontecer, e assim, perdem um belo e maravilhoso sentimento, embora perigoso, mas que nos enche de vida e vontade de viver, mesmo que por pouco tempo. Eu sempre fiz tudo com paixão, eu sempre me apaixono pelas pessoas que convivo, eu sempre estou apaixonado, e nem por isso com a cabeça fora do lugar. Então, vamos nos apaixonar? Vamos viver essa loucura? Eu vivo, e tu, que tal se permitir?