CRITICAR

Criticar é analisar ressaltando, salientando, apontando as imperfeições, os defeitos mas também as qualidades de algo ou alguém. Para criticar tem que ter um propósito, tem que ter um objetivo, tem que ter conhecimento daquilo ou de alguém que se está criticando, porque, conforme a crítica, como ela é lançada, falada ou escrita, e do momento que está sendo feita, pode acabar com a vida pessoal e ou profissional de alguém. Muitas pessoas tem o costume, a mania de criticar apenas por criticar, sem nem ter conhecimento da causa e muito menos de quem está criticando, sem perceber, ou percebendo, mas não dando a mínima importância do caos, dos problemas que pode estar causando àquela pessoa. Antes de criticar alguém por qualquer coisa que esteja fazendo, cantando, exercitando, jogando, desfilando, escrevendo e tudo o que seja, a pessoa que critica deve se aprofundar em conhecer, em saber mais profundamente sobre o assunto, sobre a performance daquela pessoa e não sair soltando o verbo, fazendo zombarias, fazendo pilhérias, maldizendo ou desdizendo. Qualquer pessoa tem o direito de fazer o que bem quiser e exatamente por isso está sujeito a críticas, tem que estar preparado para isso, pois sabemos que o mundo está cheio, repleto de pessoas recalcadas, mal amadas, invejosas e incapazes que só querem falar mal, só querem criticar porque sua índole é assim mesmo, não consegue ver nada de bom em sí e não quer ver em ninguém. Existe a crítica positiva sim, mas é aquela crítica que se dá para as pessoas que conhecemos e sabem que a crítica que estamos fazendo é para que possa melhorar, superar o que está sendo feito, e da maneira como deve ser feita também, para não ser mal interpretada. Eu sempre fui muito crítico comigo mesmo, sempre me exigindo mais e mais, e sempre gostei de receber críticas, opiniões e nunca entendi nada que tenham me dito de forma irônica e maldosa como sendo uma critica negativa, porque sempre fiz o que fiz porque assim o queria fazer e concebia e aquelas críticas serviam para analisar e mudar, caso achasse que fosse realmente necessário, mas nunca interpretei como sendo má intenção, até mesmo porque sempre tive uma auto estima bem elevada. Depois fui encaminhado a exercer a função de professor, formador de profissionais e eu criticava bastante meus alunos, mas mostrando a eles os pontos fracos a serem reforçados e ignorados, na tentativa e sempre aceita de mudança. Eu dizia, a cada começo de turma ou curso, que eu seria extremamente exigente e extremamente crítico, alguns não vão gostar, mas que dessem um jeito de gostar e captar o que iria dizer pois minha intenção era formar profissionais competentes e com diferencial, quem não conseguisse suportar que caísse fora. E assim fazia. E nos 24 anos pouquíssimas vezes tive objeções ao meu método, e quando tinha, conversava e mostrava que eu estava com a razão e que ele merecia as críticas. Aceitava críticas e sugestões sobre o meu método de trabalho, mas como eu acreditava piamente no que estava fazendo e procurando sempre me adaptando a cada turma, pois eram pessoas completamente diferentes, perfis diferentes não poderia usar o mesmo método. Certa vez uma turma me disse que não adiantava me dizer nada que eu não aceitava, então perguntei o que eles tinham pra dizer e era exatamente o grau de exigência e cobrança que exercia sobre eles, e disse a eles que nisso não mudaria, e eles disseram: - Viu só? O senhor não aceita. Eu disse: - Isso, jamais aceitarei. Faço questão e bem consciente do que faço, se alguém não gosta, não aguenta a pressão, cai fora, vai fazer outra coisa, vai fazer outro curso ou outro professor porque eu continuarei sendo exigente e cobrando cada vez mais de vocês, porque vocês podem, vocês conseguem e eu vou mostrar isso pra todos. Os que tiverem dificuldades eu vou apoiar e cuidar mais, mas vai conseguir. Isso eu garanto. E garantia e conseguia, e todos avançavam, todos se superavam e era maravilhoso de ver, como uma crítica, como uma cobrança, como uma exigência feita com carinho, com olho no olho, com o coração infestado de bons sentimentos suprindo todas as necessidades daqueles criticados, dava resultado. Criticar é válido desde que seja com pé no chão, com respaldo, com conhecimento e com boas intenções. Mas, infelizmente a maioria das pessoas criticam de forma depreciativa, querendo detonar, propositalmente, para causar desmorecimento, desistência e dano moral a quem está criticando, e o pior que se enchem de razão e peito inflado se achando os melhores por estarem causando o mal na vida daquela pessoa. São pessoas que precisam de ajuda, precisam de acompanhamento e mais amor no coração. Mesmo quando avisados, alertados sobre o que estão fazendo não reconhecem estarem errados, e poucos são os que mudam após refletirem sobre suas ações agressivas e prejudiciais à vida de pessoas que está atacando. Quem vive uma vida pública já deve estar preparado para receber enxurradas de críticas negativas porque é difícil contentar e satisfazer as necessidades e interesses de todos, nem mesmo Cristo conseguiu, quem dera nós, meros humanos, viventes. As postagens que tenho feito, escrevendo cada dia sobre uma palavra e colocando meu ponto de vista e enviando às pessoas para lerem e criticarem, darem sugestões, são para reflexão e estou aberto a todo tipo de comentário, positivo ou não, e faço questão que me digam o que realmente está pensando, e como disse anteriormente, vou mudar se considerar plausível a colocação. Faço questão e peço feedback do que escrevo, do que faço, mas o que sinto é que as pessoas não se sentem confortáveis em me dizer algo contrário do que escrevi, mas faço questão que me digam, porque assim poderei crescer e fazer cada vez melhor. O oposto da crítica está a babação de ovo. Tem pessoas que não criticam, embora gostariam de o fazer, e então optam por babar ovo daquela pessoa, fazendo praticamente a mesma coisa, pior até, pois mostra uma total falta de personalidade da pessoa que não tem coragem de expor seu pensamento e assim quer se mostrar, falsamente, que é amigo, que é parceiro. Percebe-se de cara, eu pelo menos percebo e não suporto pessoas que venham babar ovo. dispenso e de forma até nada amigável e nem um pouco educada, porque não merecem. Os puxa-sacos e baba ovos não merecem reconhecimento, consideração alguma por serem falsos e mal caráter, são pseudo amizades, são contagiosas e desagradáveis. Vamos aprender a fazer críticas construtivas? E antes de criticar de forma negativa, conheça a pessoa para quem vai criticar, para verificar se ela vai aceitar ou não. Se ela precisa de critica e não aceita, é porque não merece, então o melhor é deixá-la no seu mundo de ilusão até se dar conta que precisa mudar.