TOLERÂNCIA
A palavra TOLERÂNCIA já está há dias na lista para eu escrever sobre ela mas sempre aparecem outras que se atravessam na sua frente, que, por ser extremamente tolerante aceita de bom grado, não reclama e vai ficando para outro dia. Ela não reclamou e nem me pediu para ser a sua vez, mas eu a estou colocando em evidência agora, depois de explorar ao máximo as suas principais características que são: paciência - ela nunca me reclamou de estar sendo protelada -; pensar antes de agir - ela estava esse tempo pensando no que poderia fazer para chegar a sua vez -; exercitar a capacidade de lidar com o diferente - ela ficou lendo pacientemente eu escrever sobre todo tipo de palavras e aguentou firmemente sem reclamar, sem se menosprezar, sem se achar excluída, mas, simplesmente, por ser tolerante a tudo. A pessoa tolerante ela vê, enxerga as coisas, os acontecimentos, as pessoas, as situações, tudo à sua volta de uma maneira diferente, sempre apaziguadora, sempre com tranquilidade, sempre na paz de espírito e com palavras brandas e reconfortantes para evitar ao máximo o conflito de ideias com pessoas que não são tolerantes, que não conseguem utilizar esse dom - sim, tolerância, nos dias de hoje é um dom -. A pessoa tolerante ela desenvolve o processo de empatia, ou seja, ela se coloca no lugar da outra antes de agir, antes de meter os pés pelas mãos como qualquer outro vivente. Ser tolerante é diferente de ser paciente, visto que a pessoa tolerante ela aguenta, ela suporta as situações enquanto que a pessoa paciente tem autocontrole e sabe esperar a sua vez, sabe esperar as coisas acontecerem sem ela precisar agir de forma impaciente e intolerante. Uma situação que estou aplicando de forma extrema e merecendo um troféu é o que vou relatar e desabafar, de uma vizinha de frente que tem colocado seu cãozinho ou cãozinha, sei lá e não me interessa (olha a intolerância) na parte da frente do pátio e ela ou ele fica latindo, com aquele latido fininho, estridente, esganiçado, irritante entre 9h da manhã até meio dia e às vezes até mais, o tempo todo, é até sofrimento para ela, não sei como não cansa. Simplesmente irritante e insuportável de aguentar aquele latido, mas, como sou tolerante, estou aguentando e procurando me distrair e fico me perguntando como os outros vizinhos aguentam, os que moram ao lado. Isso é tolerância por respeito ao vizinho, mas e esses que colocam o doguinho não se dão conta que estão importunando os vizinhos? A tolerância tem que ser dos dois lados para que seja possível se manter uma boa relação. Haja tolerância e haja paciência além de estimular muito a respiração para manter a paz de espírito. Mas é assim que temos que agir, porque se eu fosse até lá e pedisse para não deixarem o bichinho alí latindo sem parar, mas sem parar mesmo, eles não iriam entender e nem dariam importância para o que eu dissesse. e ainda me taxariam de INTOLERANTE (será que eles conhecem essa palavra?), visto que pessoas que agem dessa forma, sem empatia, não conseguem entender como o outro está reagindo àquela situação. E por terem pessoas que agem dessa forma é que o mundo está ficando cada vez mais intolerante, não aguentam, não suportam certas ações das outras pessoas. Então deixo uma pergunta? É errado agir de forma intolerante? Devemos ser e nos manter tolerantes por mais que nos machuque, nos prejudique àquela situação a qual estamos vivenciando?