PADRINHOS

Assisti agora há pouco uma entrevista com uma empresária que está participando do processo de trazer uma grande empresa para a cidade(não vou citar referência alguma, porque não é esse o meu foco), e em um determinado momento da entrevista ela citou que essa vinda tem muitos padrinhos, e isso já me fez ficar com um pé atrás, pois essas coisas de apadrinhamento não funcionam, pois colocam pessoas que não são adequadas exercendo funções as quais não estão habilitadas, nem cito por curso, escolaridade, mas por conhecimento mesmo e assim não conseguem atingir o propósito que deveria chegar, mas continuam lá porque tem os tais padrinhos em suas costas, dando respaldo, garantia, mesmo que sem resultado algum. Isso acontece no mundo todo, as conveniências políticas, as conveniências financeiras, as conveniências familiares e assim, são tantas conveniências que um dia algo acontece, a bomba explode e tudo acaba porque uma empresa não consegue sobreviver tendo pessoas inaptas aos cargos, mas estão lá e se não as colocar também tem o outro lado de que nada funciona, não recebe verbas, não tem privilégios, a empresa não cresce, não se desenvolve porque precisa dos apadrinhamentos. Muitas empresas simplesmente param de funcionar por terem pessoas desabilitadas exercendo funções por conveniências. São as tais panelinhas, muito comuns nas comunidades, porque um ajuda o outro, um deve obrigação ao outro, e assim o cabide de empregos vai ficando mais intenso, mais forte, mais indestrutível, mas tornando, de forma lenta, a causar danos à empresa que vai chegar ao ponto de não conseguir sustentar esses cabides mas persiste até morrer, falir, acabar, abandonar, parar de funcionar e o cabide continua intacto, simplesmente troca de lugar e vai ser colocado em outro lugar, em outra empresa, em outro órgão público, mas permanece. O pior de tudo é que as empresas entram em decadência porque normalmente são pessoas que estão encabidadas por não conseguirem nada melhor pela falta de capacidade de fazer, realizar algo de importante para manter a empresa e fazê-la crescer, se desenvolver, porque não há interesse nisso, apenas receber seu salário, que normalmente não é pouco, não é baixo. A política faz muito disso em troca de votos, e quem se submete a isso são pessoas incapazes de buscarem, ou nesse caso, correrem atrás de algo, porque vai ficar sempre correndo atrás e todos à sua frente porque a incapacidade é tanta que nada consegue, então apela para uma vaga nos cabides da política suja. Por isso as comunidades, as cidades não crescem, não se desenvolvem porque tem as amarras do apadrinhamento impedindo de colocarem pessoas realmente capacitadas exercendo funções que precisam de conhecimento, inteligência, esperteza, interesse e principalmente dedicação e vontade de fazer dar certo. Eu nunca gostei de apadrinhamentos, nunca fiz questão de usar algum padrinho, algum parente, algum conhecido para conseguir exercer alguma atividade em algum lugar, sempre preferi buscar com minhas próprias habilidades, conhecimentos e experiências, mas isso é muito difícil e injusto porque vemos muitos absurdos acontecerem e sabemos que a cobrança por esses absurdos chega com um tempo. Mas as pessoas são cegas e interesseiras e assim o circo está montado e as sessões acontecendo até que um ciclone vem com tudo e leva tudo pelos ares e a comunidade fica sem nenhuma atividade, e o pior, sem nem saberem, ou se fazem que não sabem o por quê. Quando isso vai mudar? Quando pessoas realmente capacitadas vão estar onde devem estar? e quando vai acabar essa conversa de dívida, de obrigação e fazerem algo em prol do melhor desenvolvimento da comunidade? Chega de padrinhos, chega de conchavos. Somente sem isso se consegue o sucesso, se consegue crescer num mundo tão concorrido, tão disputado onde somente os melhores seguem em frente. Para serem os melhores precisam ter os melhores colaboradores e não os sugadores apadrinhados. Vamos ver o que vai acontecer. Que façam o melhor.