AMOR

A pedido de uma das leitoras que mais comentam, argumentam e me dão feedback sobre os textos, hoje vou escrever sobre uma das palavras mais significativas, mais importantes, mais faladas, mais pronunciadas e, principalmente, mais necessárias para todos os seres vivos. Me arrisco a dizer, e até mesmo com certeza, que o amor é necessário para nós, seres humanos, para as plantas de todo tipo e para todos os animais dito irracionais.

As plantas sentem quando são tratadas com zelo, com carinho, com esmero, dedicação e muito amor, elas se desenvolvem mais rapidamente, elas florescem, brotam, se embelezam para se mostrarem para quem lhes cuida, para quem lhes dá o amor que precisam para serem o encanto, para serem admiradas e observadas. Os animais , dito irracionais, os mais comumentes pegos para serem de estimação, são os cachorros e os gatos, mas cada vez mais pessoas aderem a outros animais para serem parte de suas vidas, fazerem parte de uma convivência cheia, repleta de amor, mimando e até mesmo exageradamente tratando como crianças, como filhos, como seres humanos - alguns deles realmente agem como se fossem, mas não são seres humanos, e como animais deveriam ser tratados e não serem humanizados porque podem perder a sua essência, a sua liberdade, a sua maneira de ser como todos os animais tem e são. Eu acredito que as pessoas que tratam os animais como se fossem pessoas, estão na verdade substituindo a falta de ter alguém para dar, para expressar todo o imenso amor que tem dentro de si. São pessoas muito especiais. Agir assim é errado? Claro que não, mas eu penso que animais devem ser bem tratados, bem cuidados, com carinho, com zelo, mas como animais que são. Eu tenho duas cachorras, três gatos e a partir de hoje, por enquanto 3 galos, 2 galinhas e 7 pintinhos descascados hoje de madrugada. Converso com eles, cuido, alimento, faço carinho, mas são meus animais de estimação e de criação, apenas isso. E agora, então , chegou a vez do amor que sentimos pelas pessoas, por todas as pessoas as quais convivemos, nos relacionamos e mantemos contato. Lembro sempre se uma colega do Segundo Grau, no Colégio Julio de Castilhos, em Porto Alegre, ano 1976, nos tornamos super amigos, além de meros colegas, mas sem nunca irmos além do convívio de sala de aula, mas ficou tão aprofundado que ela uma vez me disse que todas as pessoas tem vários amores, um para cada situação da vida. Ela tinha o noivo, na época namorado, mas não se chamava dessa forma, um estudante de medicina, nunca o conheci mas ela falava muito dele, porque era o amor da vida dela para casar; o amor que sentia pelos pais e irmãos; o amor do trabalho onde ela trabalhava e tinha uma pessoa que ela se relacionava ao ponto de dizer que a amava; e me disse que eu era o amor da vida dela de colégio, que me amava muito e me deu um abraço, coisa que fazíamos normalmente, mas aquele foi especial pois foi dado como expressão de um sentimento maior, com demonstração de um amor verdadeiro de uma amizade verdadeira e sincera.

O amor é assim, expressado de várias maneiras e por diversas pessoas, não importando o sexo, não importando a idade, não importando a classe social porque ele, o amor, cresce, se desenvolve de uma forma inesperada ele nasce quando menos se espera e por quem nem se imagina, ele chega e toma conta de nosso ser e ficamos eternamente até que se transforme em algo maior ou acabe, por vários motivos, mas sem jamais sair de nossa mente, de nosso pensamento nem do nosso coração. O amor é um sentimento nobre que pode nos levar ao máximo da possível felicidade bem como te colocar pra baixo num terrível sentimento de incompetência, de incapacidade e nos arrasar, muitas vezes de forma irreversível, porque as marcas, as manchas, ficam para sempre, são eternas e perenes, jamais esquecidas, adormecidas talvez, mas sempre reaparecem e causam danos se a pessoa não souber dominar, controlar e se conhecer. O amor constrói, mas também pode destruir. Cabe a nós decidirmos qual deles seguir e sentir. O amor é útil e aplicável em todas coisas que fazemos, com todas pessoas que convivemos em todos os instantes de nossas vidas. Sem amor não conseguimos ser nós mesmos, porque o amor nos completa, nos invade, nos contagia e devemos aproveitá-lo ao máximo para sermos pessoas plenas e felizes. Porém, para amarmos e sermos amados, temos que, antes de tudo, amarmos a nós mesmos como somos, com o que temos, nos aceitando, nos conhecendo e entendendo que só depende de nós termos verdadeiramente esse sentimento tão nobre e especial. Seja especial e nobre também, deixe o amor tomar conta do teu ser e viva-o intensamente.