O circulo vicioso da ignorância

Um povo sem cultura só elege governantes cultos por “acidente de percurso”, ou seja, em geral os eleitos são pessoas ignorantes e o Brasil é um exemplo disso, o que temos hoje de “representantes” sem nenhuma cultura “não está no gibi”.

Quando o destino de um país está nas mãos de pessoas estúpidas é de se esperar que elas não verão necessidade dos cidadãos adquirirem cultura ou vão querer manter a situação como está por receio de perder o poder.

No Brasil costuma-se vincular a Cultura à ação de governo, porém a eficiência da ação política é resultado da Cultura do povo e não o contrário.

A prova disso, por exemplo, é que se acredita que deve existir lei que impõe meia entrada de cinema para jovens e subsídio a apresentações de cantores populares como forma de incentivo ao desenvolvimento cultural da população.

Pensamentos como esse não leva em conta que filmes são apenas uma forma de diversão e que produções com “mensagens edificantes” (ideológicas) são chatos demais e quase ninguém quer ver. Não leva em conta também que jovens gastam com prazer centenas de Reais para assistirem rodeios e apresentações de cantores estrangeiros que não têm subsídios do governo e que eles vão onde acham mais conveniente.

Além disso, não sei de onde saiu essa insanidade de achar que ver cantores esgoelando letras de baixo nível e mostrando a bunda tem efeito cultural.

Nossas atitudes são tão ilógicas que no dia que um presidente disse com orgulho que nunca tinha lido um livro sequer em sua vida, isso não foi visto como apologia à ignorância e sim como um símbolo de autenticidade popular.

Foi esse presidente que se empenhou em tornar nossas universidades centros formadores de abobados culturais, mas dedicados ativistas políticos.

Aqui se aplica a frase do Barão de Itararé que diz: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”.

Essa visão nebulosa de mundo tem mantido o Brasil num estado de atraso cultural que parece não ter mais solução e nos condena a ser um povo fracassado cultural e tecnologicamente.