PARA REFLETIR - A FORMA COMO SE ESCOLHE OS MEMBROS DE NOSSA SUPREMA CORTE HOJE EM DIA - DE FORMA ENVIESADA OU COM UM FORTE VIÉS POLÍTICO???
Já não se indica e muito menos nomeia-se mais cidadãos com o notório saber jurídico e reputação ilibada para fazerem parte do rol de ministros de nossa Suprema Corte como antigamente. Notório saber jurídico traduzido como consagrados juristas que tiveram suas obras reconhecidas nacional e internacionalmente como acontecia no passado. Obras referenciadas e reconhecidas nas jurisprudências dos tribunais. Cidadãos com graduações escolares e científicas, com currículos de Mestres e Doutores. Que tal estes nomes consagrados, que se não fizeram parte do STF, poderiam ter sido escolhidos, na época, tranquilamente, para ocuparem uma daquelas vagas, sem nenhum favor – Pontes de Miranda, Clóvis Beviláqua, Afonso Arinos de Melo Franco e Miguel Reale.
Hoje em dia já vem tudo embrulhado e distribuído conforme a conveniência dos políticos da vez. O Senado que deveria exercer o seu direito constitucional de arguir o indicado, simplesmente, transforma a seção (Sabatina) em uma conversa amena de elogios e reverências, transgredindo e prevaricando nas suas funções constitucionais.
Não à toa, que alguns, não digo todos, ministros de nossa Suprema Corte, normalmente, querem aparecer mais do que o caso que estão julgando. São tão ou mais reconhecidos que alguns jogadores de futebol, já que ocupam o noticiário com certa frequência, não se esquivam das entrevistas e deixam transparecer qual é o partido ou o político que defendem. Diferentemente, do que ocorre com os ministros da Suprema Corte Americana, que raramente aparecem em público e só se pronunciam nos autos.