QUE COISA ESTRANHA É O AMOR

No início tudo são flores. A descoberta, o cheiro, a beleza do corpo, a cumplicidade no toque, a sensibilidade, a ternura, o tesão. Tudo se mistura numa profusão de coisas e se transforma em uma necessidade de um pelo outro, a ponto de um tempo de distância ocasionar a carência, a saudade e a sensação momentânea de possibilidade de perda pelo breve afastamento.

O reencontro inevitavelmente ocasiona inconteste a alegria, a felicidade de juntos se completar como duas partes que formam um único ser.

Tudo se perpetua por algum tempo que alicerçado por sentimentos se prolongam através dos anos e, dependendo do convívio cumpre-se realmente o que se preceitua na união do casal ante o altar e é jurado e prometido no enlace matrimonial.

Com o tempo vem os filhos, os problemas, os obstáculos que com certeza não seriam superados sem a união de forças, perseverança e obstinação.

É que o tempo une duas metades para formar um todo e isso solidifica a união com um elemento essencial chamado amor que com o passar do tempo se enraíza de forma que um sente a dor do outro, a perda do outro, a alegria e a tristeza, como se de si fizesse parte, E faz sim, pois os dois são de fato um.

E após tantos anos, andar de mãos dadas é tão natural como se fôssem um só.

Com o passar do tempo tudo se transforma de tal jeito que a possibilidade da perda de um pelo outro gera uma angústia pelo fato de não mais se terem deixando uma parte órfã da outra, porém é imperativo que para isso estejam preparados pois assim é o tempo que une e separa. Assim é a vida. Assim é o ciclo do amor.

Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 26/04/2023
Reeditado em 26/04/2023
Código do texto: T7773717
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