RESPEITÁVEL PÚBLICO

O circo chegou, tomou conta de mim, virei criança novamente, na entrada bilheteiros vestindo roupas com galões dourados, me faz lembrar um pequeno reino encantado.

O poleiro, é o meu camarote, Não é sonho nem delírio não, eu estou aqui mesmo, de corpo e alma, nesse lugar encantado, de palhaços, trapezistas, dançarinas e acrobatas.

Circulando no meio da platéia o vendedor de pipoca, espalha um cheiro aromatizado pelo ar, mulheres lindas dançando e auxiliando ao mágico, homens contorcionistas, atiradores de facas, engolidores de fogo,  motos sem asas, que voam como águias selvagens  no globo da morte!

É um mundo diferente, um mundo de fantasias e de faz de conta é o mundo do era uma vez, do êxtase total.

Eu estou aqui, embaixo dessa lona de embalar sonhos e fantasias, me sentindo um pouco de tudo, num dado momento sou o palhaço no picadeiro, em outro sou o mágico manuseando as cartas com destreza, agora eu sou o trapezista voando na velocidade do meu pensamento.

Mas, na verdade, eu sou é um sonhador, um admirador desse mundo encantado, que me parece ser novo cada vez, que eu venho visitá-lo!

Estou aqui agora! e nesse instante estou voltando a minha  infância, me lambuzando de algodão doce, me deliciando na saborosa pipoca e sentindo mil emoções, eu estou sonhando acordado!

Sou um menino de olhar intenso e curioso, tudo para mim é uma novidade, é como se eu nunca tivesse ido ao circo.

Ah! Como eu admiro muito esse mundo do circo, que só proporciona a paz e o sorriso, viva o circo, que ele seja um perpétuo mundo de lona, trazendo a alegria e o contentamento a todos. 

Para suprir as nossas decepções e ansiedades, embora que por algum tempo apenas.  

Um locutor de voz cadenciada, tipo aqueles de FM, está anunciando que o show vai terminar, agradece a presença de todos, dizendo: respeitável público..., e no palco, os artistas circenses, retornam para agradecer a plateia. Prosseguindo, ele faz o convite, para que voltem em outra oportunidade, afinal! A vida é um espetáculo, é um círculo em evolução, e não pode parar, viva o CIRCO!