Intimidade e Inteligência emocional. Por Meraldo Zisman

(Achando um Equilíbrio Saudável)

A intimidade artificial (*) entre máquina e Humano é uma área em desenvolvimento, mas devemos nos lembrar de que ainda existem muitas questões éticas e de privacidade em torno do uso de dispositivos eletrônicos para estabelecer relações emocionais e pessoais com seres humanos. Ainda não há tecnologia o suficiente para substituir completamente a interação humana e o contato físico necessários para a saúde emocional e física.

Observa-se que a tecnologia pode ter efeitos colaterais na vida das pessoas. A inteligência artificial, por exemplo, pode trazer muitos benefícios, mas também pode ser usada para propagar desinformação ou substituir empregos. Da mesma forma, a tecnologia móvel (Iphone e outros artefatos) e as mídias sociais podem ter um efeito negativo na qualidade de nossas interações pessoais, impedindo-nos de nos conectarmos verdadeiramente uns com os outros.

É importante reconhecer que a tecnologia não é inerentemente boa ou ruim, isso depende de como ela é usada. Como sociedade, precisamos aprender a encontrar um equilíbrio saudável entre o uso da tecnologia e as interações humanas significativas. A conscientização dos efeitos da — “intimidade artificial” — é um passo importante nessa direção. Precisamos prestar atenção total às pessoas ao nosso redor e aceitar os conflitos e as dificuldades que fazem parte da vida humana.

Devemos sempre encontrar um equilíbrio entre a tecnologia e as ações sociais para garantir que não haja uma perda significativa de conexão emocional. Ao adotar uma abordagem consciente e equilibrada com relação à tecnologia, podemos aproveitar os benefícios da inteligência artificial e da tecnologia móvel, enquanto mantemos uma conexão significativa e autêntica com nossos semelhantes.

Em resumo, a tecnologia hoje existente ainda não permite uma integração total da máquina com o Homem, principalmente no que toca às emoções.