LINGUAGEM DO AMOR...

OLHOS NOS OLHOS – A LINGUAGEM DO AMOR

Lembro-me, e, ainda hoje é muito presente nas nossas manifestações de carinho e paixão, quando namorávamos, eu e ela, não precisávamos falar. Olhos nos olhos, pupila na pupila, falávamos com esse gesto! Por horas, nossos olhos fixavam-se um no outro, e a linguagem do amor acontecia em memoráveis e dóceis declarações passionais.

Um mergulhava no romance do outro. Meu olhar se perdia naquele universo doce e amante da minha querida! E, o dela repetia a mesma sensação... Era uma troca de paixões, que, se perdiam naquelas profundezas da alma. Era um mergulho nas águas límpidas daquele oceano de mar calmo e repousante!

Era muito raro algumas trocas de palavras. Não era necessário se dizer nada! Naquela troca de olhares, já dizíamos tudo, e, ali se manifestava com sofreguidão, todo o sentimento imerso naqueles olhares sinceros e verdadeiros de um amor imenso e duradouro.

Aquele silêncio romântico dizia tudo o que queríamos dizer, e, uma pupila entendia o que, a outra queria expressar naquela atitude de perdido amor!

Foram três longos anos amadurecendo as paixões, naquela inusitada experiência dos olhares como expressão do nosso amor! E, foi até o casamento, na subida ao altar, e quando assumimos mutuamente, um olhando para o outro dizendo enfim, o tão esperado e aguardado “SIM”!

Hoje, outras formas dessa linguagem de amor, tomaram seus lugares entre eu, e, ela! Celebramos nossas Bodas de Ouro em diversas linguagens ao longo dos 50 anos de matrimônio. Certamente, cultivamos com nossa experiência, nossas relações de amor, expressando-nos em outras “linguagens”: A compreensão, a cooperação, a paz, o entendimento, os diálogos, o carinho e aconchego, a humildade, a oração e a fé, praticamente enriqueceram mais a nossa convivência de amor como família!

Hoje nossos olhares trocam-se vendo um ao outro, como anjos, e, como dons sagrados de Deus. Eu e ela somos “UM”... Nossas vidas seguem numa comunhão de santidade onde na mesa santa, nos alimentamos um com o outro, naquilo que temos para trocar e provisionar!

Tudo que é meu é dela... E, tudo o que é dela é meu! Nossa união é sacramental, e, desse Sacramento do Matrimônio, geramos três lindos filhos, e, três belos netos, além de agregarmos as amizades e bem querer de nossas noras e genros...

Então, desejo expressar neste singelo artigo, testemunhando aos amigos, que, o amor tem suas linguagens, e, que vale muito entende-las, e, praticá-las.

Jose Alfredo – Um amante