Ninguém é invulnerável
Saber que Bruce Willis, o famoso ator da série Duro de matar, está sofrendo de uma espécie de demência, deixou tristes não apenas a família do astro, mas também uma legião de fãs que sempre acompanhou o seu trabalho. Há tempos, Bruce Willis vinha enfrentando problemas para fazer seu trabalho, esquecendo as falas e também não sabendo o porquê de estar no estúdio de gravação de seus filmes.
De início, o diagnóstico foi afasia, um distúrbio que afeta a capacidade de comunicação, o que o forçou a se aposentar das telas, mas, mais recentemente, descobriu-se que ele na verdade sofre de demência frontotemporal, doença para a qual não há tratamento e, como sabemos, toda doença desse tipo é progressiva e tudo que se pode fazer é tentar proporcionar ao paciente a melhor qualidade de vida possível.
O que tudo isso nos ensina? Que ninguém é invulnerável. Ninguém está imune a nenhuma doença ou tragédia e é por isso mesmo que ninguém deveria querer ser melhor do que ninguém. Todos nós estamos sujeitos a, de repente, ser diagnosticados com uma grave doença como câncer, esclerose múltipla ou Alzheimer pois somos seres humanos e nenhum ser humano pode almejar viver sob uma redoma que o proteja de doenças, acidentes ou tragédias. Infelizmente, muitas são as pessoas arrogantes, que acham que são melhores do que os demais e vemos muito isso principalmente entre as pessoas que têm mais poderio econômico.
Porém, uma pessoa riquíssima pode de repente perder todo seu patrimônio e ficar pobre do mesmo jeito que alguém que esbanja saúde e vitalidade pode de repente descobrir que tem uma grave doença como está acontecendo com Bruce Willis. Assim como o ator foi diagnosticado com demência frontotemporal, isso aconteceu no passado com Rita Rayworth, que, com apenas cinquenta e três anos, começou a apresentar os sintomas do mal de Alzheimer e, no caso da atriz que ficou famosa por causa do filme Gilda, seus sintomas foram a princípio ignorados porque ela sofria de alcoolismo e depressão. E assim como hoje não há tratamento para a demência de Bruce Willis, na época não havia tratamento para o Alzheimer, pois ninguém sabia quase nada sobre a doença que matou Rita Rayworth com sessenta e oito anos.
Então, já que sabemos que a vida é tão incerta e frágil e que todos os instantes se passam como num piscar de olhos, devemos valorizar a vida acima de tudo, pois não sabemos o que pode nos acontecer. Hoje, nós podemos estar vivos, mas podemos morrer a qualquer instante, seja de doença, velhice, acidente ou outra coisa. E, talvez, possamos desenvolver alguma enfermidade, seja uma demência ou alguma doença degenerativa ou autoimune que nos torne totalmente dependentes de outra pessoa. Viver é estar sujeito ao inesperado. Valorizemos a vida que temos, aproveitemos o agora para sermos felizes amemos as pessoas ao nosso lado e corramos atrás dos nossos sonhos, pois não sabemos o que o amanhã nos trará.