A prática da Responsabilidade Social Empresarial

O envolvimento de empresas e empresários nas questões sócio-ambientais movimenta a nova consciência nos negócios.

Conceitos de cidadania, direitos humanos, desenvolvimento justo, preservação do meio ambiente, respeito à cultura local, combate à corrupção, defesa das futuras gerações, preocupação com a comunidade; dentre outros, são temas colocados na agenda, políticas e planejamento das empresas sérias e que fazem diferença no mercado.

O amadurecimento das ações de Responsabilidade Social Empresarial - R.S.E. coincidem, nos anos 80 e 90, com o momento em que a Organização das Nações Unidas – ONU apontava indicadores mundiais insustentáveis. A R.S.E. vai se definindo um novo jeito de fazer na percepção administrativa-gerencial diante de questões sociais. Os dados da ONU mostravam na década de 90, e ainda mostram, que se não revertermos à condução dos rumos do planeta no que diz respeito ao lado crônico da pobreza, os abusos ambientais e distanciamentos de atenção aos direitos humanos, poderemos viver situações de calamidades. Um dos marcos foi a criação do documento Pacto – Metas do Milênio.

A consciência brasileira

No Brasil, grupos de empresários têm promovido a ampla conscientização para este novo momento. Um exemplo de entidade mobilizadora, em nível nacional, é o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. O Ethos pactua que a empresa que praticante da R.S.E. deve prezar por uma “forma de gestão que se defina pela relação ética e transparente com todos os públicos com os quais se relaciona”. E mais, “pelo estabelecimento de metas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais”.

Uma compreensão que vai além do lucro pelo lucro para a conexão com as relações e parcerias estabelecidas. Em Minas Gerais, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – Fiemg tem contribuído e aprofundado a ação. A gerente de integração empresarial da entidade, Fernanda Cotta, analisa que “uma empresa socialmente responsável considera que o planeta, as comunidades, o meio ambiente e a sobrevivência dos negócios, estão todos relacionados”.

Cresce a cidadania corporativa

Estudos têm confirmado que as empresas optantes desta prática estão agregando valor aos seus empreendimentos – vide box. Mais do que isto, tem chamado a atenção de clientes e consumidores dentro de um padrão crescente do indivíduo cidadão.

O Relatório Mundial do Desenvolvimento realizado pelo Banco Mundial atesta o crescimento da cidadania empresarial. O documento ressalta que “aumenta em todos os países a responsabilidade social das empresas”. E, enfatizando que se desenvolve um “esquema descentralizado e mais participativo de gestão”. O relatório destaca ainda que “a sociedade está mais participativa na solução dos problemas vinculados à pobreza”; o que é confirmado na “crescente necessidade do envolvimento de múltiplos atores de setores diferentes, agindo em parceria”.

VANTAGENS DE UMA POLÍTICA DE RESPONSABILIADE SOCIAL

- Ganhos de imagem corporativa;

- Maior apoio, motivação, lealdade, confiança, e melhor desempenho dos funcionários e parceiros;

- Maior disposição dos fornecedores, distribuidores, representantes em realizar parcerias com a empresa;

- Maiores vantagens competitivas (marca mais forte e mais conhecida, produtos mais conhecidos)

- Maior fidelidade dos clientes atuais e possibilidades de conquista de novos clientes.

Alguns dos dados apontados pelos estudiosos Francisco Neto e César Froes

(*) Antônio Coquito é jornalista - especialista em marketing e comunicação - Ênfase em Temáticas Sociais - Terceiro Setor –Responsabilidade Social – Políticas Públicas

Antônio Coquito
Enviado por Antônio Coquito em 09/12/2007
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