A seleção do coração

Envolvi - me com muita gente ruim e sorri com muita gente boa nessa vida.

Com certeza também me envolvi com gente boa e sorri com gente ruim.

Os 46 anos de vida me trouxeram conhecimentos e creio que não vai parar aí, afinal: viver é se conhecer.

Algo que me alegra nesse assunto é saber quem está comigo, e entender que a seleção natural de relacionamentos é subjetiva.

O que serve para mim, não - necessariamente - serve para você.

O comentário que gosto de ouvir, pode te agredir.

E assim se faz uma vida mais seletiva, onde definir quem estará com a gente e quem deve ter nosso silêncio, acaba sendo tão importante quanto a comida que gostamos.

Afinal, qual o problema em não gostar de abóbora?

Na refeição da vida deve ser servido apenas o que agrada o paladar.

Família não agrada tempo todo, está tudo bem.

Vizinhos podem não agradar e está tudo bem.

O que não pode é mascarar uma falsa companhia que não vemos a hora de ir embora.

Não adianta colocar vassoura atrás da porta para espantar quem não gostamos, se abrimos nossa casa.

Fazemos isso a vida toda.

Convivemos com parentes incompatíveis, apenas por ser do mesmo sangue.

Somos cruéis conosco deixando pessoas que não concordamos dar palpite na nossa vida.

Somente o auto conhecimento e a auto avaliação faz o tempo ser companheiro e não inimigo.

Quem gosta de gente como eu, precisa selecionar e definir quem é gente para gente.

A seleção do coração ❤️ é a mais séria seleção da vida.

Mesmo que o termo "coração" seja apenas poético, dá para entender que as pessoas que aquecem o coração são as pessoas que conseguem melhorar nossos dias apenas com um abraço.