Um dia, um homem perguntou:
Porque será que,
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Há pessoas que, passam parte da vida vagando no universo. Solitárias, impotentes, deixa-se dominar por pessoas que, reconhecendo as suas fragilidades, aproveitam para exercer o seu falso poder sobre elas.
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Deixam de viver para não ter problemas, e não percebem que, neste percurso da vida, os problemas só se somam.
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Evitam problemas com as arrogantes que tolhem a sua liberdade, não a deixam falar sobre suas angústias, vontades ou felicidade, sob a alegação de que está tudo bem, que elas não têm problemas e nem tão pouco necessidades, que tudo está perfeito, pois elas não têm nada para falar, parece que não sabendo das mazelas que a outra sente, não conseguem sentir culpas.
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Um dia essas pessoas acordam sufocadas e percebem que se não obtiver ajuda, vai morrer de angústia, depressão ou sem ar.
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Um dia, chega ao momento que precisa pedir socorro, vai para quem? se as pessoas ao seu redor acham que elas não têm motivos para encontrar-se nesta situação?
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Procurando um profissional, alguns apoiam sob determinada condição; que ela volte a ser a mesma pessoa para não contrariar a zona de conforto em que sempre estiveram.
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Quando se inicia o processo em que essas pessoas começam a acordar do pesadelo, começam a incomodar, a serem tratadas como diferentes, inoportunas, porque não atendem mais aos requisitos que durante uma vida teve que suportar.
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Neste processo começa outra etapa que passa a incomodar, desta vez precisam se curar das lesões que a solidão dentro de um mundo que inventou para não criar problemas com outras pessoas, sem perceber que o conflito seria gerado consigo mesma.
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Começa a perceber que a vida possou, que as oportunidades passaram e que não voltam mais. Que as indecisões, as inseguranças lhes renderam uma doença incuráveis; o sofrimento pela falta de expectativa de recomeçar.
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Não apenas pelo pouco tempo que lhes resta, mas porque elas mudaram, mas as outras pessoas não. E acostumadas a manter o controle, criam outro conflito: tentam fingir que não estão entendendo nada, apenas com o objetivo de fazer prevalecer no comando da situação.
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Isso só vem mostrar que a vida passa para aquelas pessoas que têm objetivos de vida, que sabem o que querem, independente de seus medos, indecisões e traumas.
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Para aquelas pessoas que vivem em uma bolha onde querem colocar as outras, não existe vida, porque não têm prazer, satisfação, apenas reclamam de qualquer situação, pois tudo que vêm é o lado negativo da vida, e com essa preocupação de deturpar as situações e se manterem no comando, não conseguem ver a vida passar.
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Durante nove meses pessoas são mantidas em uma bolha onde nada é respeitado, depois que saem, durante um curto espaço de tempo são marionetes indefesas e quando tentam voar, muitos cortam suas asas, estes são espaços de tempo que em sua maioria ficam confusas sem entender o significado da vida, o que dificulta toda trajetória da vida adulta, e muitas vezes não percebem de onde vieram e qual a sua missão.
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Será que não seria mais fácil ser livre, responsável e feliz, do que buscar a felicidade em uma nova bolha se fechando para o mundo, achando tudo feio, sujo neste mundo egocêntrico? Será que não seria mais fácil ser feliz vendo as oportunidades e belezas que o mundo proporciona? Por que será que algumas pessoas não conseguem sentir prazer com a felicidade do outro? São pessoas infelizes ou egocêntrica?
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Porque existem pessoas não conseguem ler, ouvir de forma livre, sem prejulgamentos? Será que as pessoas conseguem ler, apenas este texto, sem fazer prejulgamentos?
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Será que as pessoas conseguem ser livre e responsável na busca do prazer, dos momentos felizes ou em busca da felicidade? ou esta busca continua através da bolha que aprisiona a si mesmo e as outras pessoas?
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A vida é curta, aproveitem para viver, lembrando que viver não significa apenas estar vivo. Se não acreditam que podem ser felizes, poderiam respeitar o direito das outras pessoas viverem de forma livre e felizes de acordo com suas escolhas!
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É preciso entender que as pessoas são diferentes, pensam diferente e faz-se necessário respeitar estas diferenças. Entender as diferenças não significa dizer que entende e que aceita, “desde que isso não faça parte da bolha que criaram” para aprisionar e decidir a vida de outras pessoas.
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Um dia as pessoas vão ver que a vida passou, que as oportunidades passaram e que a vida está acendendo a luz vermelha indicando que chegou o momento de parar, aí fechou o tempo.
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Parabéns a todas as pessoas que tiveram a coragem e a determinação de viverem de acordo com as suas escolhas.
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Fim.
É importante lembrar que, aqui a luz não mudou de cor, simplesmente apagou.
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Tarcízio Leite.