SEI OU NÃO SEI, EIS A QUESTÃO

De acordo com a tradição da filosofia grega um dia um homem foi ao oráculo perguntar quem era o maior sábio da Grécia. Oráculo, o representante de Deus, disse que era Sócrates; então o homem foi ao encontro de Sócrates que não concordou, apesar de saber que Deus não mente, e saiu a pesquisar com todos os especialistas, nas suas devidas áreas, sobre o conhecimento de cada um deles, e descobriu que todos se sentiam detentores da totalidade do conhecimento daquilo que era o seu ofício, apesar de todos saberem definir o valor e a forma de aplicação de seus saberes, ao serem, por Sócrates, questionados ou refutados a explicar suas afirmações sobre tais definições eles não sabiam responder. Dai foi que surgiu a expressão clássica da filosofia “Eu só sei de que nada sei”. Em suma: O mais sábio é aquele que sabe que não sabe, e assim o oráculo estava correto. Deter o conhecimento não te faz sábio. O conhecimento é dinâmico e não para. Um exemplo: Vamos a evolução dos meios de comunicação. Primeiro foi a voz, depois foi fazer barulho mais altos que a voz, como tambores; depois aprendeu-se escrever, então vieram as cartas, jornais; depois o telégrafo, telefone, rádio, rádio, televisão, computadores internet e os modernos smarts fones. Toda essa evolução só foi possível por que pessoas que sabiam que não sabiam foram buscar soluções para a pergunta: O que fazer para melhorar o sistema de comunicação? Isso é exercer uma douta ignorância numa verdade tão óbvia que é saber de que nada sabe.