O diabo veste Prada
Existe uma pequena casta privilegiada de líderes eclesiásticos que gozam de um “status quo” diferenciado, que faz inveja a qualquer mortal, que vive “num asteroide pequeno que todos chamam de terra”.
Eles são semideuses, quase que intocáveis, e que muitas vezes criaram os seus impérios à custa da ignorância de gente pobre e sofrida. Nos seus “sermões” falazes, não existe arrependimento, cruz, renuncia, porta estreita e santidade. Eles ressuscitaram velhas praticas do paganismo, que agora” tudo pode”, tornou-se “gospel”. Não vou mencioná-las porque hoje falar a verdade é uma grande temeridade.
Seus nomes aparecem na revista Forbes, têm casas de férias em Miami (pois tem um clima agradável, que faz lembrar o Brasil). Já no Brasil vivem nos bairros nobres, em verdadeiros palacetes ornados com o melhor desta terra, suas salas são decoradas com peças raras e caras, e jamais poderá faltar os famosos persas.
A locomoção geralmente é feita em seus jatos possantes, onde usufrui de todo luxo e conforto, onde não pode faltar Moet Chandon. Afinal, o “reino” precisa ser estendido. Logo será preciso adquirir passaporte diplomático, para não ser barrado em nenhuma nação.
E como é fato sabido, dinheiro e poder andam de braços dados, e é possível eleger políticos para defender “a causa evangélica”. Isso me faz pensar nas palavras de Jesus: “E as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja”. A Igreja de Cristo é um projeto de Deus que já deu certo.
Constroem portentosos templos para perpetuar o seu “nome” nesta “terrinha” que vai em breve ser consumida pelo fogo. Amam estar nas primeiras páginas dos jornais, ostentando seus Carros blindados, Rolex de ouro, Malas da Louis Vuitton e seus “Terninhos” da Prada.
Jamais fariam a oração de João Batista, "É necessário que Ele(Jesus) cresça e que eu diminua”. O apóstolo Paulo certamente seria um fracassado, pois não encaixaria nos moldes da “teologia da prosperidade”.
Eis o resumo da Ópera, confesso que estou cansado de ver tanta aberração no “meio evangélico”. Tenho saudade daquele evangelho simples e puro, que confrontava o eu e os pecados e gerava uma mudança radical, mudança de vida.
E nessas andanças todas pelos bastidores religiosos, descobri também que “O diabo veste Prada”.
Carpe Diem.