ARTIGO – Coisas da vida – 09.12.2022 (PRL)

 

 

ARTIGO – Coisas da vida – 09.12.2022 (PRL)

 

 

Pois é, acabo de receber resposta da segunda criatura que me escreveu há alguns dias, a propósito de um possível relacionamento entre nós.  Confesso que até cheguei a pensar que a jovem teria ficado magoada com este pobre ser humano, mas não. Pois ela me falou, educadamente, que era de média idade, advogada, plena em suas aptidões, que gosta de viver a vida, assim como viajar, frequentar a noite, cinemas, boates, música, leituras e uma gama de itens próprios de quem é absolutamente saudável, etc.

                                    

Mais adiante, disse-me que era divorciada do primeiro marido, com quem vivera oito anos, mas os gênios eram incompatíveis; tinha dois filhos ainda menores, mas estava se desvencilhando do seu atual companheiro, pois não se mostrava muito presente em sua vida; não falou uma palavra sobre alguma habilidade doméstica...No final, perguntou-me se eu ainda transava, digamos assim!

 

Foi uma resposta que gostei divinamente, sincera, leal, até porque ela me imaginou um cidadão de tenra idade; talvez não haja visto a foto que publiquei noutro dia, aqui mesmo no Recanto das Letras, encabeçando um pobre soneto de minha autoria. Claro que não quis dizer pra ela (o que respondo agora) que de vez em quando ainda me masturbo e sinto prazer imenso nesse ato, evidentemente porque não tenho relação há quase um ano (depois que a minha mulher piorou da doença), estando sozinho, não sendo de minha índole ficar saindo com qualquer pessoa, mas tão somente se houver simpatia e atração, ou seja, um início de interações dos dois lados.  “A mulher faz o homem”, dizia aquela música popular.

 

Colada ao texto, enviou-me uma foto sua, desinibida, mas com o rosto sem muita clareza, enquanto o seu corpo de se tirar o chapéu.

 

Não lhe forneci o meu telefone, porquanto senti que as coisas não dariam certo, eis que algumas qualidades não se encaixam no meu paupérrimo perfil.

 

De sorte que vou ficando por aqui e me recolher a minha insignificância.

 

Um abraço.

 

Sem revisão de texto.

 

Nota: A foto não é da jovem. Mera ilustração.

 

SilvaGusmão

ansilgus
Enviado por ansilgus em 11/12/2022
Reeditado em 11/12/2022
Código do texto: T7669371
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