ARTIGO – O Brasil pelo avesso – XL – 02.11.2022 (PRL)

 

 

ARTIGO – O Brasil pelo avesso – XL – 02.11.2022 (PRL)

 

 

O povo está indo às ruas, em clima de paz, e isso é muito bom para a semidemocracia do país. Aplaudo a todos, todavia, esse negócio de os caminhoneiros paralisar o tráfego nas estradas é terminantemente nocivo à economia e à população...Além do mais, é lógico, pode causar desabastecimento no mercado, gerando assim alta violenta dos preços de produtos de primeira necessidade.

 

E que ninguém se engane da subida vertiginosa que os comerciantes vão proporcionar aos consumidores, alegando ser a greve a culpada dessa alta que promoverão, isso porque os estoques das empresas devem estar repletos de produtos...não houve tempo para a escassez...o nosso comerciante é guloso.

 

Sabe, o Brasil é um regime presidencialista de governo, todavia o que se vê, repetidamente, é que o Presidente da República não manda em nada, sequer tem a liberdade de nomear um grande nome para chefiar a Polícia Federal. Aliás, pensei que o responsável por essa polícia fosse o Ministro da Justiça e Segurança Pública e não um membro do Supremo Tribunal Federal. Assim, para determinar a apuração de crimes, e prisão dos criminosos, talvez, na minha interpretação, o processo deveria ter a participação do detentor da pasta da Justiça. Fica difícil exercer um cargo em que há relacionamentos cruzados, melhor dizendo, cada funcionário deve obedecer somente a um chefe, princípio de administração.

 

Sobre o pronunciamento rápido do Presidente, sinto que vi um homem acuado, com medo de perder o mandato, porquanto já existe um zumzumzum de que há muita gente graúda interessada em sua cassação, segundo ouvi num jornal de alta audiência; nem tampouco penso seja uma boa liderar uma grande multidão de pessoas de “direita”, a fim de que possa

atuar contra o Lula durante o seu mandato, como o PT fez e conseguiu quase que empanar o governo atual; quanto à eleição de muitos parlamentares (Câmara e Senado) favoráveis ao bolsonarismo, a experiência me diz que logo após a primeira conversa do Lula eles mudarão de postura, a depender das vantagens oferecidas. Aliás, já estão negociando a permanência dos presidentes da Câmara e do Senado nos seus pertinentes postos, e aí é que nada mudará mesmo.”

 

Esse negócio de intervenção militar também não cola, até porque não teria sido pedida no tempo oportuno, e há um provérbio que diz: “A sorte não lhe bate à porta duas vezes seguidas”. É como no jogo de baralho, por exemplo, se você pegou as cartas praticamente com uma sequência favorável, claro que você não se desfará das boas, até arriscando pedir as que estão encobertas no dorme. Agora a Inês é morta. Sobre entregar o poder isso é inteiramente normal, mas a faixa, nem tanto, é um complemento.

 

Para encerrar, digo que está faltando presidente no país: na câmara, no Senado, nos Tribunais e na República, mas sobrando ministros, que se imiscuem nas alçadas que não lhes cabem.

 

Não sei, não sou político.

 

Meu abraço.

 

SilvaGusmão

 

ansilgus
Enviado por ansilgus em 03/11/2022
Reeditado em 04/11/2022
Código do texto: T7641709
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