O BLOQUEIO DA LIBERDADE
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Em tese cada pessoa tem um objetivo em mente. Assim vive lutando por ele a vida toda e durante toda vida.
Todo e qualquer jogo tem regras pré definidas, o que significa que todos participantes sabem que um vai ganhar e outro vai perder. Ao contrário não precisava fazer a eleição.
Depois do jogo realizado é descontrole emocional pensar que as regras só eram justas se apenas um dos participantes fosse o escolhido. Isso é pensamento fascista aplicável nas ditaduras mascaradas de democracia, um exemplo disso, eram as eleições para presidente da República no regime militar de 1964, onde só existiam dois partidos políticos, um declarado da situação e o outro mascarado de oposição, onde ambos eram filhos das entranhas do golpe que criou o próprio regime militar. A "oposição" apresentava um candidato para legitimar a "eleição" certa de vitória antecipada de voto aberto perante o famigerado "Colégio Eleitoral" composto pelos membros do Congresso Nacional e/ou seja onde apenas os senadores e deputados federais tinham a missão de eleger quem já tivesse sido escolhido pelo regime militar/64 de plantão. E assim permaneceu a regra do jogo de cartas marcadas de Castelo Branco a João Batista de Figueiredo. E tudo isso a luz da fidelidade partidária, do AI - Ato Institucional nº 5 e tantos outros instrumentos de caça as bruxas que traíssem a ditadura, a começar por prisões sem processos formais instaurados, direitos de defesa negados e cassação de mandatos e direitos políticos de políticos e de civis, assim declarados subversivos.
Toda ditadura tem como objetivo silenciar o povo para se manter no poder de qualquer forma, não importa como...
O Brasil já viu as pessoas com medo, fugindo, matando e morrendo durante o período "getulista" implantado pela Revolução de 1930, tendo como "zênite" o Estado Novo de 1937, onde a FEB - Força Expedicionária Brasileira combatia, matava e morria na Segunda Guerra Mundial na Europa, enquanto no o povo brasileiro vivia a agonia da Ditadura Vargas, onde tudo era feito por indução e manipulação de cima para baixo.
Ai de quem pensasse diferente da visão ideológica do ditador.
Todos brasileiros conhecem as regras do regime democrático do Estado de Direito, ora vigente, criado e implantado pela Carta Magna de 1988, escrita pelos representantes do povo para constituir a Assembleia Nacional Constituinte. É puro fascismo alegar que quem perdeu a eleição "tinha" que ser eleito de qualquer maneira. Isso importa lembrar de que a população pobre foi aliciada, induzida e manipulada com ajudas financeiras de todos os "naipes" pelo baralho eleitoral liberado e pago pelo governo e candidato a reeleição de plantão. E isso é corrupção, um escândalo sem precedentes, uma vez que as regras do jogo de disputa pelo poder foram mexidas com a campanha em andamento na cabeça da população carente, uma vez que a distribuição de dinheiro para o povo em campanha política é manipulação, porque faz o povo a esquecer suas aflições como desempregados, famintos, sem tetos, sem saúde, sem segurança, sem educação, sem nada, sem futuro, etc., isso é o uso da máquina pública para atender caprichos e vaidades não republicanas.
O povo humilde tem como objetivo solucionar esses problemas antes relacionados para serem felizes, pois, somente assim serão livres para votar e ser votado para todos os cargos efetivos, afinal de contas a república é e/ou não é a coisa pública? Isso mesmo, não existe dinheiro público, existe o dinheiro em forma de capital e/ou força do trabalho e da memória gerada pelo suor de todos e não de uma minoria derrotada pelo voto popular.
Enfim, o bloqueio da liberdade de uns, enquanto minoria para passar a borracha na vontade da maioria é ignorância, arrogância de plantão, batalha do inconformismo contra o julgamento popular. Isso quer dizer que não importa a forma direta e ou indireta que venha assumir o bloqueio das estradas, ruas e avenidas do Brasil, porque é essa a certeza torpe, induzida e manipuladora que se tem pelos fakes derrotados que agora bloqueiam a liberdade de todos e isso não representa o objetivo emanado pelo resultado parido das urnas, salvo melhor juízo.