O bloqueio das estradas

Lamentavelmente, parte da população eleitora do presidente Jair Bolsonaro não aceitou o resultado das urnas: a vitória de Lula.

E dessa forma, promoveram bloqueios de vias públicas pelo país.

E o presidente, de quem se esperava uma postura mais republicana, não agiu a altura do cargo que ocupa.

Em seu pronunciamento, poderia ter pedido aos manifestantes que desobstruíssem as ruas.

Mas isso não aconteceu, e é fato que a repercussão dos bloqueios é enorme aqui e lá fora.

Quanto ao prejuízo econômico é gigantesco, ele atinge diversos setores de nossa frágil economia...

Por outro lado, as eleições foram limpas e não houve favorecimento a Lula.

Nesse contexto é preciso lembrar, ainda, que Jair abusou da máquina pública a seu favor: os auxílios, intervenção para diminuir o preço da gasolina e o uso de aparelho do estado para impedir que as pessoas votassem em alguns estados.

Mais: a mídia televisiva apoiou em peso – Jovem Pan, Record, SBT – o atual governo.

Isso sem falar nas igrejas evangélicas, que cooptaram seus fieis para votarem em Jair em peso.

A verdade inegável que a atual administração errou muito [caso Roberto Jefferson, episódio Carla Zambelli, mortes pelo coronavírus, ataques à democracia, compra de votos, Fake News, entre outras violações graves] e por isso não conseguiu se reeleger.

Sem rodeios, o bloqueio das estradas revela que o maior prejudicado é o país, a economia e o próprio governo, que se mostra refém de seguidores estrábicos, que prejudicam a nação acima de tudo.

Finalmente, o protesto dos caminhoneiros e apoiadores deixou de ser legítimo, a partir do momento que inviabilizam outras pessoas de exercerem seu direito constitucional de ir e vir.