Educando Crianças Índigo - Maria de Fátima Hiss Olivares - Psicóloga
Os índigos surgiram por volta da década de 70 e por volta do ano dois mil, começaram a nascer seres mais evoluídos ainda, as Crianças Cristal. Elas seguem as Índigo e sua missão é completar o trabalho começado por estas, renovando e construindo uma nova terra.
Elas quebram velhos paradigmas e maneiras presas de pensar, trazendo mais liberdade e autenticidade, fazendo com que as pessoas aprendam suas reais potencialidades, seus valores.
Para reconhecer uma Criança Cristal: elas têm olhos penetrantes e fitam as pessoas nos olhos por longos períodos. Fazem isso desde bebês.
Eles reconhecem as pessoas olhando dessa maneira e se o adulto fizer o mesmo e encará-lo, olhando profundamente para os seus olhos ele esboçará um sorriso, pois o contato e o reconhecimento foram feitos.
É assim que eles se comunicam. São calmos, serenos e muito apegados à mãe. Procuram sempre ajudar e são muito sensíveis ao sofrimento alheio. São sensíveis também ao ambiente em que estão, podendo não se sentir bem em certos lugares onde a energia não lhes é benéfica.
Freqüentemente os assuntos não resolvidos da família são sentidos pela criança, que será afetada negativamente por essas emoções. Não suportam o sofrimento de animais e geralmente são vegetarianas, como as Índigo.
A tarefa de educar uma Criança Índigo ou uma Cristal é um desafio. Os pais devem sempre ter em mente que eles e seus filhos são parceiros de jornada, e para tanto devem respeitar, amar, e principalmente ouvir muito sua criança.
Ela não é uma criança comum, então os pais devem cumprir sua missão de ensinar, mas principalmente, devem ter humildade suficiente para aprender com essa relação.
Não se é pai ou mãe de uma Criança Índigo ou Cristal à toa, é como um presente. Os pais escolhidos podem crescer muitos com essa relação fazendo um “upgrade” na sua evolução.
Para educar bem essas crianças, os pais devem se acostumar aos desafios constantes que elas lhes impõem e terão de lidar com uma força de vontade muito forte e lutas de poder freqüentes.
Portanto paciência é tudo. Respeite as opiniões da sua criança e não a force a se enquadrar nos velhos padrões, o que deu certo com você pode não dar certo com ela.
Aceite que ela é um, ser único, individual, diferente de você e a respeite por isso. Ela tem vontades e quereres que não são iguais aos seus.
Antes de criticar ou dizer que algo é errado, tente ver com os olhos da criança, procure entender o que ela quer lhe mostrar, como ela está sentindo e vendo aquela situação.
Uma Índigo ou Cristal tem um contato íntimo com a natureza e sente-se muito bem em contato com ela. Promova passeios onde a criança possa tocar plantas, pisar na terra, brincar com animais. Praia, montanhas, cachoeiras, matas, lugares com abundância de natureza são como bálsamo para estes pequeninos.
Já lugares como shoppings centers, onde há muito barulho e aglomeração deixam essas crianças irritadiças e nervosas. É muito comum vermos uma Criança Índigo ou Cristal tendo um “ataque de nervos” nestes lugares.
Essas crianças vivem de forma muito intensa e rápida, como se não pudessem desperdiçar nenhum segundo sequer.
Por isso muitas vezes são confundidas como portadoras de défict de atenção ou alguma forma de hiperatividade. Mas essa agitação toda tem a ver com a consciência que essas crianças possuem do momento presente.
Elas, não vivem no passado ou se preocupando com o futuro, elas sabem que a vida é vivida no presente. Ah, quanta coisa a gente tem a aprender com essas crianças, não é?
Se seu filho é um Índigo ou Cristal, você precisa aprender a arte de negociar. Negocie sempre. Ele nunca vê um adulto como diferente dele, pois enxerga os seres humanos como todos iguais, por isso apresenta muitos problemas em obedecer a ordens. Ajude-o negociando, explicando o porquê de tudo e cheguem juntos a uma forma justa de conduta.
A criança precisa entender o motivo de agir desta ou daquela maneira. Dê a ela escolhas. Quando você der uma ordem, elas têm que ter razões sólidas senão não convencerão a criança que não obedecerá.
Use sempre a verdade e nunca tente enganar a criança, pois ela perderá o respeito por você. Tome cuidado: tudo o que for prometido, deve ser cumprido. Manter a palavra sempre.
Evitem críticas. Elas não levam a lugar algum. Nunca diminua seu filho, cuide da auto-estima dele, dizendo sempre palavras de encorajamento e otimismo.
Não “ponha medo” na criança, com ameaças que ela sente como não tendo fundamento e que só servem para atrapalhar o bom desenvolvimento emocional dela.
Medo nunca ajudou em nada e não será agora que vai ajudar. Esqueça histórias do tipo “o bicho –papão vai te pegar”, ou coisas assim, que tenham como objetivo persuadir a criança pelo medo – é péssimo.
Os filhos devem se sentir seguros ao lado dos pais, e estes devem dar suporte e prover toda proteção de que eles precisam. Como eles se sentirão seguros se são justamente os pais que dizem que o “bicho vem te pegar?".
Tanto os pais como os professores devem estar aptos a definir e manter os limites claros para a criança e serem flexíveis para fazerem os ajustes conforme as necessidades dos pequeninos. Devem ser firmes, porém mansos.
Essas crianças têm fome de aprender, e os pais devem prover o máximo de informações possível, com livros, teatro, dando a oportunidade deles terem experiências diferentes constantemente: uma comida de outro país, bem diferente da cotidiana, uma música clássica, um balé, um museu, um filme diferente, enfim, tanto a criança como os pais se beneficiarão.
Tanto os Índigos como os Cristais tem seus sentidos muito sensíveis. Não suportam sons altos, comidas de sabores fortes, cheiros fortes e são sensíveis ao tato.
O ambiente doméstico deve ser harmonioso, calmo, e se ele fizer algo errado, evite gritos, palavras rudes e ordens. Como são sensíveis ao tato, então toque na criança, pegue na mão, abrace.
E se houver necessidade de dar uma “bronca”, segure sua mão ou braço e converse de maneira firme e clara (nunca agressiva), olhando fixo nos olhos dela.
Nunca puna. A punição não tem efeito sobre essas crianças, só geram uma tristeza profunda e um sentimento de culpa, que poderá acompanhar essas crianças até a idade adulta.
Dêem aos seus filhos muita atenção, tolerância e muito, muito amor. Esta será uma relação de troca em que a família toda se beneficiará. Ajudem seus filhos com sabedoria nas palavras e ouvidos bem atentos para o que eles têm a ensinar.
Dezembro / 2006