Ditador da Nicarágua afirma que a Igreja é uma “tirania perfeita”: “Quem elege o papa?”
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"Desafetos dos Estados Unidos" - II "Nicaragua"
Pressinto que, grande parte dos brasileiros, estão desejando experimentar essas barbaridades! Deus nos defenda!
Desrespeito à democracia, pobreza e narcotráfico também fazem parte da realidade da Nicarágua.
Daniel Ortega, presidente do país, já está no quarto mandato presidencial. Revolucionário dos anos 1970, hoje ele é acusado de abusar do poder para se manter no cargo.
Opositores foram presos ou fugiram para o exílio, não podendo participar das eleições, que, segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA), não tiveram legitimidade democrática.
Líderes estudantis, indígenas e camponeses foram às ruas em protesto contra o governo nicaraguense, que hoje está mergulhado em uma crise política.
Estados Unidos e Nicarágua têm uma relação difícil há mais de 100 anos. Os norte-americanos ocuparam o país no começo do século passado e, quando foram embora, deixaram para trás a ditadura da família Somoza, que durou mais de 40 anos. O chamado movimento sandinista, que lutava contra a ocupação americana, acabou derrubando a ditadura.
Um dos líderes do movimento sandinista foi Daniel Ortega que, segundo críticos, deixou de ser um revolucionário. No poder, ele reprimiu manifestações e rompeu com a Organização dos Estados Americanos (OEA).
O professor Roberto Neta explica: “A OEA exige que os países pertencentes à organização respeitem as cláusulas democráticas. Todos os países têm que ter a democracia, e a Nicarágua, nos últimos anos, descarrilou para um governo autoritário, com medidas legais que diminuem a atuação da oposição.”
Dados da CIA mostram que a Nicarágua, o país mais pobre da América Central e o segundo mais pobre do Hemisfério Ocidental, tem subemprego e pobreza generalizados. O Produto Interno Bruno (PIB) anual do país em 2020 foi de 2 pontos percentuais negativos.
Além disso, o país é rota de trânsito para traficantes de drogas que contrabandeiam cocaína da América do Sul através do México para os Estados Unidos, por meio de rotas marítimas e aéreas.
Os traficantes exploram crianças através da participação forçada na produção e tráfico de drogas ilegais. Um cenário desafiador para uma população em extrema pobreza.