Chavez e Chaves
O “Chavismo” está em voga. Seja no seriado infantil que temos nas telas brasileiras ou no impressionante governante jurássico da Venezuela. Particularmente prefiro o primeiro, o qual me faz rir por suas idiotices infantis e inocentes, do que o segundo que me faz ver o quanto involuímos em nossos conceitos de gestão.
Ao observarmos os aplausos e a defesa do Presidente Lula as posições de Chavez ficamos mais perplexos ainda. Isto porque nosso país, de tradição democrática e historicamente diplomática, vê-se desprovido de um governante que explicite a sua opinião consoante com o povo que diz governar.
O estereotipo iracundo e irônico de Chavez não representa a América Latina em espécie alguma de abordagem. Cínico, interna e externamente, vence os seus opositores pela força de sua posição e não pela força dos argumentos.
Negocia com bárbaros, transita entre as Farcs, encosta-se no petróleo e providencia armamento para falar do imperialismo norte-americano. Está se preparando para estabelecer pela força bélica um imperialismo Sul Americano, e Lula, o bajulador dos “fracos”, defende-o insistentemente.
Eu não sei quem se parece mais com o Lula, se o Chavez governante ou o Chaves do seriado. Mas sei com quem ambos não se parecem, com os brasileiros verdadeiros e guardiães da boa prática democrática e do livre pensar.
Sei que a democracia não é perfeita, mas no país plural que somos é o instrumento mais eficaz da expressão das convicções de cada um de nós.
Deus nos livre de pessoas e partidos que pensem em gestar a nação sob o auspício da força, do limite dos direitos e da exceção. Os admiradores de Chaves pensam assim e aprovam isto, e alguns, como o presidente boliviano até reproduzem de fato os seus feitos.
Enquanto Lula dorme, acordem forças armadas, porque os horizontes nos sugerem que estamos muito próximos de uma desconfortável crise bélica no continente sul americano.
Se o Chaves, amigo do Lula, lesse o meu texto diria:- “Isso, isso, isso...”