CRESCEMOS... NOS ÍNDICES!

Ontem fomos surpreendidos com uma BOA NOVA, que aliás em tempos de final de ano, nessa abençoada época de Natal, nos soa como um presente de papai -Noel, algo vindo dos céus...

Dizem que ASCENDEMOS na escala do IDH-indíce de desenvolvimento humano.

Interessante como nós, a maioria dos brasileiros que não convive muito com a ciência dos índices,acabamos por achar que há algo de no mínimo incompatível com algumas realidades que conhecemos bem de perto.

Ainda outro dia pensava na situação da educação Nacional, que começa a contabilizar falta de professores tanto no ensino fundamental e médio, como nas universidades.

Está difícil sensibilizar as vocações para o magistério, seja ele em que escala for.

Até pensei em entitular um artigo como "Brasil, um país de escassas letras", até para caracterizar a sequela de educação pela qual a atual geração passa.

Óbviamente, escolas não faltam. Só não entendo como pipocam tantas escolas sem professores!

Agora a moda é ensinar também à distância, o que chega a me dar arrepios.

Já escrevi por aqui sobre a indústria de faculdades anunciadas por outdoors nos ínícios do anos letivos.

Com certeza, o acesso à escola deva ter aumentado, o que não significa que a EDUCAÇÃO MELHOROU.

Assim, podemos melhorar tudo por decreto, inclusive o IDH

Difícil acreditar que o tal índice tenha melhorado, no auge das crises da educação e da saúde...E DA VIOLÊNCIA.

O conceito de desenvolvimento humano é amplo e complexo.

Porém, se adaptarmos o conceito para uma determinada situação, podemos melhorar todos os índices ao toque da varinha mágica.

Talvez um pãozinho a mais sobre a mesa já tenha um grande impacto na medição da qualidade de vida, quando a mesma é calamitosa.

Ou então...Papai Noel existe mesmo...e nos deixou esse presentão sob a árvore das fantasias...