ARTIGO – O Brasil pelo avesso XXVI

ARTIGO – O Brasil pelo avesso XXVI – 04.07.2022 (PRL)

No final da semana passada – não sei se ouvi bem --, um noticiário da TV nos deu conta de que o candidato petista à Presidência havia declarado que: “era preciso que as autoridades apurassem com rigor essas acusações contra membros do governo, relativamente ao suposto caso de assédio moral do ex-presidente da CEF – Caixa Econômica Federal – a algumas funcionárias da estatal, que culminou com a sua demissão do alto cargo que ocupava, e com excelente desempenho profissional. Na oportunidade o orador falou que os culpados deveriam ser presos, etc. etc. etc. Mas se esqueceu, todavia, de dizer o complemento: e pagar rigorosamente a pena que lhe fosse imposta.

Com os novos ordenamentos jurídicos em vigor, que alguns me parecem esdrúxulos, fica difícil provar-se o contrário, porquanto basta um piscar de olhos mais afoito que já se configura assédio sexual.

Não estou aqui querendo defender o Doutor Pedro Guimarães, nem de longe, mas para dizer que a recíproca seria verdadeira. Nos meus tempos de bancário, por incrível que pareça, com essa minha feiúra, cheguei a ser cantado, insistentemente, por mulheres jovens e maduras, bancárias ou não, talvez, quem sabe, querendo ser promovida e/ou tomar empréstimos com regalias.

Urge que o Congresso Nacional reexamine o que quiseram mesmo dizer os parlamentares quando, talvez no ímpeto de dar uma satisfação ao povo, em face de algum trauma, votaram essas normas constitucionais em vigor, alterando-as no que não venha a prejudicar os direitos de ninguém, mas para evitar absurdos; do contrário, teremos de suportar a perda da liberdade do enxerimento “educado” de ambos os lados, eis que fica extremamente difícil de dizer quando o ilícito começa e termina.

Mudando de assunto. Hoje vimos a notícia de que o Doutor Geddel Vieira, aquele ex-vice-presidente da CEF, que foi flagrado com R$ 51 milhões de reais em seu apartamento, fato até agora não esclarecido, recomendando a votação no candidato do PT ao cargo de Presidente. Foi condenado a 14 anos de prisão, mas não cumpriu a pena rigorosamente.

Uma notícia que nos deixou abismado foi a de que as empresas estatais obtiveram um lucro de R$ 188,7 bilhões, em 2021, que não deixa de ser agradável, mas com uma pulga na orelha sobre se não estariam cobrando serviços, juros, taxas e demais acessórios bastante elevados para a população brasileira?!

Ficamos por aqui.

SilvaGusmão