Você já ouviu falar na Síndrome do Sapo Fervido?
Se colocarmos um sapo dentro de uma panela e gradualmente aumentarmos a temperatura do fogo, o sapo, por ser um animal pecilotermo, se ajustará a temperatura da água. Quanto mais a temperatura sobe, mais energia o sapo gasta para se ajustar. Mesmo se sentindo muito desgastado o sapo não pula enquanto ainda consegue ficar ali. Quando a água estiver perigosamente quente, o sapo não conseguirá mais pular dali, porque gastou toda a sua energia tentando se ajustar ao momento dele.
Portanto, não é a água quente que matou o sapo, o que mata o sapo é sua própria incapacidade de decidir quando pular.
Pois então, assim como o sapo, quando ficamos muito tempo tentando nos ajustar em relação às pessoas ou situações em que vivemos, podemos estar sofrendo da “síndrome do sapo fervido”. Tem momentos na vida em que toleramos pessoas e momentos até nos queimarmos e não dá tempo de pularmos para nos salvar.
Isso acontece muito com as pessoas, às vezes, nem se dão conta de que já está na hora de pular, da mesma maneira que o sapo, vamos esgotar nossas energias nos adaptando e não conseguiremos pular quando de tornar necessário.
Cuidado para não se queimar tentando se ajustar a tudo que a vida lhe impõe. Não esqueça de que você tem o poder de escolher o que é melhor pra você e o que você quer para sua vida, não fique se queimando aos poucos, senão vai acabar fervido como o sapo. Seja sempre você, faça o que tem vontade de fazer, chega de ficar fazendo somente o que os outros querem, porque existem pessoas que só querem e exigem de você e se você prestar atenção elas não fazem nada por você, fique atento aos sinais.
Quando abusamos da nossa capacidade de tolerar as coisas, pessoas, situações ou relacionamentos, nossa força e esperança vão consumindo a nossa energia. Olhe a sua volta, na maioria das vezes é você que está dentro da panela com água quente e os outros numa boa, apenas te olhando.
Se você se envolve e tenta conversar, mas mesmo assim nada muda, e são cobranças e reclamações, é preciso considerar os “custos” de não pular. O custo de seu bem-estar emocional e psicológico, o custo para sua autoestima, o custo para o seu senso de identidade, de você fazer as coisas que gosta, o custo da sua saúde mental e o custo para o seu futuro.
Todos nós precisamos nos ajustar às pessoas e às situações, mas o outro precisa fazer a mesma coisa e não apenas nós. Ame-se e questione-se, pois você pode estar passando do momento de pular.
Não estamos falando de fugir, mas de conhecer nossos próprios sentimentos e vontades, porque eles devem ser importantes para você. Se você não gosta de ir a algum lugar e só vai para agradar a outra pessoa, não vá! Lembre-se da sua energia. Se você suporta conversas que não são agradáveis para você, não escute! Se as pessoas próximas te olham de cara feia ou fazem comentários desagradáveis, saia de perto, pois isso detonará sua energia.
Não se queime a toa por quem não colocaria nem o dedo na água morna por você.
Tenha sempre muita calma na alma!