HOJE DIA 5 DE JUNHO SE COMEMORA O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
Este dia foi instituído pela ONU em 1972 para chamar a atenção de todos os povos da terra sobre os efeitos devastadores provocados pela ação do homem sobre a natureza. Estamos falando exatamente de 50 anos, desde aquela data até hoje e, o que assistimos todos os dias são agressões ao Meio Ambiente de uma maneira surreal. Reproduzo abaixo um artigo que eu escrevi a muitos anos, tentando fazer a minha parte que me cabe neste latifúndio.
Deveríamos aprender com os índios a respeitar a natureza
Desde que o mundo é mundo, sempre existiram grandes tempestades e, o homem, de certa forma, sempre conviveu com isto. Em pleno século XXI, o homem evoluiu, suficientemente bem, para entender plenamente as forças da natureza. Felizmente, no Brasil, não existem desastres naturais, tais como: Terremotos, Tsunamis, Vulcões etc. A natureza é pródiga em toda a sua pujança e benevolente para o povo de nossa terra. Infelizmente, o homem tem uma capacidade inata para produzir tragédias.
Os desmatamentos, as queimadas e o avanço desordenado das encostas dos morros e das margens dos rios ferem a natureza de morte. Seus espaços são ocupados sem o menor cuidado, num total desrespeito e afronta as forças da natureza. Quem desafia as forças da natureza, de certo que, faz uma viagem ao desconhecido. Está mais do que provado, historicamente, que toda força e energia da natureza são medidas pela dimensão das tragédias. Mesmo sabendo disso tudo, o homem continua desafiando e convivendo numa relação inamistosa de causas e efeitos destrutivos com a natureza. Em nome do progresso e na busca incessante dos lucros, o homem acaba cometendo as maiores barbáries contra o meio ambiente. Existe um dito chinês que diz o seguinte: “Quem abre o coração à ambição, fecha-o à tranquilidade”.
Infelizmente, o homem acha que pode tudo, desafia as forças da natureza e, acaba pagando um preço alto por esta ousadia.
As chuvas torrenciais que deveriam sedimentar todo o entorno das matas, fazendo com que as árvores aprofundassem suas raízes, acabam arrancando-as de vez dos solos exauridos pela ação do homem. A água que deveria ser uma fonte natural de vida acaba se transformando numa catástrofe terrível de dor e destruição. A natureza agredida e maltratada não reclama, simplesmente, reage querendo seus espaços de volta.
Cito Spinoza (Filósofo Holandês): “A natureza não tem nenhum projeto para a humanidade”. Portanto, se torna imperioso viver em plena harmonia com ela, respeitando os limites mínimos de seu habitat.
Domar, domesticar ou colocar cabrestos na natureza, pela simples vontade insana de dar uma nova ordem às coisas parece ser contraproducente. Deveríamos aprender com os índios, sábios negociadores que, respeitam e reverenciam a mãe natureza em toda a sua plenitude. Confrontá-la jamais, subestimá-la menos ainda. Os índios procuram interagir com o meio ambiente e preservam toda fonte de vida ao seu redor. Para os índios a terra sempre teve um significado especial.
Por fim vale destacar o seguinte: Aquilo que para nós não passa de uma “Grande Tragédia Anunciada”, os governantes costumam resumir num simples eufemismo, “Fatalidade”.
Por outro lado, teríamos, também, o fatalista. Fatalista é aquele que está convencido de que tudo, até seu próprio destino, já estaria determinado.
Não podemos controlar nossas sinas, mas podemos decidir como queremos viver, contornando as adversidades e respeitando as forças da natureza.