NÃO QUEREMOS ESSE TIPO DE MODERNIDADE
Nunca testemunhamos algo tão absurdo. Sou advogado e professor de direito há mais de 25 anos e jamais tive notícia de fato tão assustador assim. Como pode e como é possível acreditar-se que um delegado de polícia, bacharel em direito, portanto, homem de formação universitária, concursado, aprovado e nomeado na forma e nos ditames do inciso I do artigo 37 da Constituição Federal ir de encontro a todos os preceitos que regem a boa moral; os bons costumes; a formação religiosa; às leis; às normas jurídicas e consuetudinárias. Custa-nos crêr que um agente a serviço do estado, um servidor público tenha a insanidade de bater de frente no frontispício de a toda lógica e todo o bom senso; desafiar a ética e a virtude do respeito ao ser humano; ao mundo dito moderno, enfim, a todo um vasto e enorme arcabouço de limitações e proibições claramente expressas em todos bons livros relacionados com a matéria ora sob comento.
Alhures que decerto era axiomático a incontinenti reprovação, censura e o repúdio de toda a sociedade organizada, por se tratar de ato impensável nos dias de hoje manter-se em cárcere privado, [ainda que argumentem o estrito cumprimento do dever legal] que a delituosa tenha de fato cometido qualquer delito, grave ou não, seja ele qual for ou de qualquer natureza, uma jovem mulher na mesma cela com outros criminosos do sexo masculino, sendo a referida submetida a toda sorte de maus tratos e abusos contra a sua incolumidade física e moral, inclusive para que obtesse uma prato de comida. E não me venham dizer que os ditos responsáveis não tinham conhecimento do ocorrido ou até mesmo de que são desconhecedores da Lei. A própria função de policiais os obriga ao mister.
É de causar nojo, revolta e indignação. Perdoe-me senhores, é demais! É um acinte, um tapa, uma bofetada na cara do mundo e no espírito das leis, enfim, sobretudo, n'alma humana. Logo todos nós que dia a dia lutamos para melhorarmos enquanto pessoa e por decorrência o próximo. Ora, certamente que é uma punhalada no altruísmo e na vergonha dos brasileiros. Afinal, em que país e em que época estamos vivendo? O certo é o errado e o errado é o certo? Que absurda inversão de valores no qual o Estado omisso, enfraquecido, desmoralizado perdeu por completo a razão de ser e existir. Um Estado que diante de tantos descasos não toma nem tampouco adota medidas ou providências eficazes para refrear tantas desditas, limitando-se apenas a uma enfadonha retórica. Ao jogo de cena diante dos repórteres e das câmeras de TVs.
Afinal alguma autoridade foi saber do estado em que se encontra a vítima? Prestar-lhe assistência? Será que após o devido processo legal, provada autoria e a responsabilidade do imbróglio haverá a efetiva punição para os responsáveis por um crime de tanta estúpidez humana? Para um crime horrendo, pavoroso, injustificável, inenarrável e hediondo? Digam o que quiserem senhores mais o que digo eu aos meus filhos? E o que poderão dizer todos vocês aos vossos, o futuro deste país! Posto que nem mesmo na Idade Média tal acinte era aceito de forma pacífica?
Isso é o que chamam de modernidade? De globalização? De automatização? De cibernética? Ou seja lá o que for? Em que o homem vai paulatinamente virando máquina.
É essa espécie de modernismo que deixa marcas profundas nas nossas vidas? Creio eu que não! O modernismo do qual tenho conhecimento é aquele em que une em função do bem comum.
Destarte, ser moderno não é o que vivenciamos nos dias de hoje. Ser moderno é conviver civilizadamente, sem mentiras, violação dos direitos e garantias fundamentais - dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos sociais; dos direitos políticos; dos direitos econômicos. Um Estado de direito cumprindo o seu papel e a sua função a que se destina como tal à risca. Que obedeça in integrum e os aplique objetivamente os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Queremos um estado moderno, enxuto, ágil, que aplique de forma correta os altos impostos arrecadados, devolvendo em forma de benefício e bem estar de suprema qualidade e excelência ao povo.
Queremos um Estado que saia do papel e vá para as favelas, para os morros, para os becos e vielas, para os os viadutos de miseráveis, e que nos permita o mínimo de segurança sem esta mixórdia em que nos encontramos.
Um Estado que respeite o ser humano, tal como deveriam fazer por obrigação com esta jovem mulher, e não esta barbárie sem precedentes e de proporções inenarráveis que mácula, que mancha, que enódoa o Estado, o Governo, a Pátria, a Bandeira e Povo Brasileiro. Enfim, que respinga em todos nós, porque de certa forma somos todos responsáveis. Que vergonha! .
De fato, diz Max, "a atmosfera sob a qual vivemos pesa várias toneladas sobre cada um de nós - mas vocês o sentem?".
Eu sinto!
SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 23.11.2007.
Nunca testemunhamos algo tão absurdo. Sou advogado e professor de direito há mais de 25 anos e jamais tive notícia de fato tão assustador assim. Como pode e como é possível acreditar-se que um delegado de polícia, bacharel em direito, portanto, homem de formação universitária, concursado, aprovado e nomeado na forma e nos ditames do inciso I do artigo 37 da Constituição Federal ir de encontro a todos os preceitos que regem a boa moral; os bons costumes; a formação religiosa; às leis; às normas jurídicas e consuetudinárias. Custa-nos crêr que um agente a serviço do estado, um servidor público tenha a insanidade de bater de frente no frontispício de a toda lógica e todo o bom senso; desafiar a ética e a virtude do respeito ao ser humano; ao mundo dito moderno, enfim, a todo um vasto e enorme arcabouço de limitações e proibições claramente expressas em todos bons livros relacionados com a matéria ora sob comento.
Alhures que decerto era axiomático a incontinenti reprovação, censura e o repúdio de toda a sociedade organizada, por se tratar de ato impensável nos dias de hoje manter-se em cárcere privado, [ainda que argumentem o estrito cumprimento do dever legal] que a delituosa tenha de fato cometido qualquer delito, grave ou não, seja ele qual for ou de qualquer natureza, uma jovem mulher na mesma cela com outros criminosos do sexo masculino, sendo a referida submetida a toda sorte de maus tratos e abusos contra a sua incolumidade física e moral, inclusive para que obtesse uma prato de comida. E não me venham dizer que os ditos responsáveis não tinham conhecimento do ocorrido ou até mesmo de que são desconhecedores da Lei. A própria função de policiais os obriga ao mister.
É de causar nojo, revolta e indignação. Perdoe-me senhores, é demais! É um acinte, um tapa, uma bofetada na cara do mundo e no espírito das leis, enfim, sobretudo, n'alma humana. Logo todos nós que dia a dia lutamos para melhorarmos enquanto pessoa e por decorrência o próximo. Ora, certamente que é uma punhalada no altruísmo e na vergonha dos brasileiros. Afinal, em que país e em que época estamos vivendo? O certo é o errado e o errado é o certo? Que absurda inversão de valores no qual o Estado omisso, enfraquecido, desmoralizado perdeu por completo a razão de ser e existir. Um Estado que diante de tantos descasos não toma nem tampouco adota medidas ou providências eficazes para refrear tantas desditas, limitando-se apenas a uma enfadonha retórica. Ao jogo de cena diante dos repórteres e das câmeras de TVs.
Afinal alguma autoridade foi saber do estado em que se encontra a vítima? Prestar-lhe assistência? Será que após o devido processo legal, provada autoria e a responsabilidade do imbróglio haverá a efetiva punição para os responsáveis por um crime de tanta estúpidez humana? Para um crime horrendo, pavoroso, injustificável, inenarrável e hediondo? Digam o que quiserem senhores mais o que digo eu aos meus filhos? E o que poderão dizer todos vocês aos vossos, o futuro deste país! Posto que nem mesmo na Idade Média tal acinte era aceito de forma pacífica?
Isso é o que chamam de modernidade? De globalização? De automatização? De cibernética? Ou seja lá o que for? Em que o homem vai paulatinamente virando máquina.
É essa espécie de modernismo que deixa marcas profundas nas nossas vidas? Creio eu que não! O modernismo do qual tenho conhecimento é aquele em que une em função do bem comum.
Destarte, ser moderno não é o que vivenciamos nos dias de hoje. Ser moderno é conviver civilizadamente, sem mentiras, violação dos direitos e garantias fundamentais - dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos sociais; dos direitos políticos; dos direitos econômicos. Um Estado de direito cumprindo o seu papel e a sua função a que se destina como tal à risca. Que obedeça in integrum e os aplique objetivamente os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Queremos um estado moderno, enxuto, ágil, que aplique de forma correta os altos impostos arrecadados, devolvendo em forma de benefício e bem estar de suprema qualidade e excelência ao povo.
Queremos um Estado que saia do papel e vá para as favelas, para os morros, para os becos e vielas, para os os viadutos de miseráveis, e que nos permita o mínimo de segurança sem esta mixórdia em que nos encontramos.
Um Estado que respeite o ser humano, tal como deveriam fazer por obrigação com esta jovem mulher, e não esta barbárie sem precedentes e de proporções inenarráveis que mácula, que mancha, que enódoa o Estado, o Governo, a Pátria, a Bandeira e Povo Brasileiro. Enfim, que respinga em todos nós, porque de certa forma somos todos responsáveis. Que vergonha! .
De fato, diz Max, "a atmosfera sob a qual vivemos pesa várias toneladas sobre cada um de nós - mas vocês o sentem?".
Eu sinto!
SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 23.11.2007.