Mulher, feminilidade e feminismo

No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.

Lucas 1:26-38

Os Planos de Deus versus a queda

E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem:

Esta, afinal, é osso dos meus ossos

E carne da minha carne;

Chamar-se-á varoa,

Porquanto do varão foi tomada.

Gênesis 2.22-23

Ao lermos Gênesis 2.22-23 contemplamos a primeira poesia feita pelo homem. Ela foi direcionada a sua mulher. Eva, por certo uma mulher de grande beleza, emocionou Adão ao ponto de sua reação ser regozijar-se pela mais nova criação divina. A mulher foi criada para ser a ajudadora do homem. Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea (Gênesis 2:18). Ser idôneo é ser moralmente aprovado. A mulher fora criada para ser a síntese de beleza estética e moral. Todavia, cedendo lugar à tentação de ser igual a Deus, a mulher enganada pela serpente, convence seu marido a também desobedecer.

Adão teria a responsabilidade de corrigir sua esposa e conduzi-la à boa, perfeita e agradável vontade de Deus, contudo, cedeu à tentação e caiu. Deus lhe disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás (Gênesis 3:17-19).

A terra, em decorrência do pecado, produziu espinhos, males que agridem o homem e provocam dores e sofrimento. Na queda, tudo passou a ser disfuncional. Apenas através de Cristo poderemos um dia viver a plena vontade de Deus para o homem.

A depravação moral, social e artística

Apesar da queda, o homem foi capaz de desenvolver, graças a misericórdia de Deus, a capacidade de contemplar a beleza e até mesmo produzi-la através das artes e gestos virtuosos, os quais praticamos ao passo que nos opusemos às concupiscências da carne e andamos no Espírito produzindo o seu fruto (Gálatas 5:16), a saber: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gálatas 5:22,23).

Analisem um belo poema:

O Homem e A Mulher

Victor Hugo

O homem é a mais elevada das criaturas;

A mulher é o mais sublime dos ideais.

O homem é o cérebro;

A mulher é o coração.

O cérebro fabrica a luz;

O coração, o AMOR.

A luz fecunda, o amor ressuscita.

O homem é forte pela razão;

A mulher é invencível pelas lágrimas.

A razão convence, as lágrimas comovem.

O homem é capaz de todos os heroísmos;

A mulher, de todos os martírios.

O heroísmo enobrece, o martírio sublima.

O homem é um código;

A mulher é um evangelho.

O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.

O homem é um templo; a mulher é o sacrário.

Ante o templo nos descobrimos;

Ante o sacrário nos ajoelhamos.

O homem pensa; a mulher sonha.

Pensar é ter, no crânio, uma larva;

Sonhar é ter, na fronte, uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher é um lago.

O oceano tem a pérola que adorna;

O lago, a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa;

A mulher é o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço;

Cantar é conquistar a alma.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;

A mulher, onde começa o céu.

O poema de Victor Hugo, grande escritor e poeta do período romântico na França, enaltece as mulheres com sua poesia, ao associar a figura feminina aos atos mais nobres, aos sentimentos mais profundos e as dores mais honrosas. O fato é que o poema carrega em si as características mais vibrantes de seu período artístico: o enaltecimento da mulher, a qual seria a personificação das mais nobres virtudes.

Essa era a vontade de Deus, que a mulher fosse uma auxiliadora idônea, moralmente aprovada, todavia, há um hiato entre a vontade do Criador e o direcionamento do homem. A cada passo, a humanidade avança em transgressões e fere a santidade de Deus.

As discussões filosóficas passaram, de geração a geração, a disseminar que a existência de um Deus criador e uma religião moralizante impediam o homem de viver seus prazeres e regozijar-se em uma felicidade plena. À arte competiu a disseminação dessas teses, visto ser essa uma maneira lúdica, atraente e um disfarce perfeito para o pecado.

Reveja que o fruto proibido era atraente e agradável aos olhos: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu (Gênesis 3:6). Assim persiste o convite ao homem para transgredir. O que leva o homem a pecar, em grande parte, é atraente e esconde sua perversão. Não obstante, o homem é reduzido aos seus instintos animalescos, entrega-se à luxuria, às maledicências e ao prazer sensual com fim em si mesmo. Estas coisas podem aparentar felicidade, mas promovem um vazio e males incalculáveis.

O período artístico vivenciado por Victor Hugo foi superado e cedeu lugar a um estilo de época que visava abertamente atacar as instituições basilares da sociedade: a igreja e a família. A partir de então, a mulher despiu-se do dever de ser o esteio moral e entregou-se às próprias paixões. Era a concretização dos anseios iluministas.

Não há auge, ou clímax, na história da depravação, o desejo do homem em transgredir é insaciável. Enxerga-se, desde então, um esforço através de músicas, novelas, literatura e movimentos sociais para extrair do homem e da mulher os papeis conferidos por Deus. Há um espirito que governa esse mundo e atua em todas as áreas para conduzir o homem a sua condenação.

Platão, em A República (400c), dizia que “nunca se abalam os gêneros musicais sem abalar as mais altas leis da cidade” (PLATÃO, A República, 400c). No artigo “Como ensinar o que aprendi sem perceber: A canção popular brasileira como um curso universitário”, de Luís Augusto Fischer, professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) abarca-se teses semelhantes à de Platão:

A canção brasileira é formativa, isto é, forma o país: comenta vivamente aspectos do país, simboliza questões da vida brasileira, forma o gosto, realimenta sua própria existência, contribui para a vida de outras modalidades artísticas. (FISCHER, 2016).

Embora Fischer refira-se à canção popular brasileira, sua tese é facilmente aplicada a quaisquer sociedades. Diversos estudos analisam o abraço das teses feministas às letras das canções de maior sucesso. As teorias de liberdade sexual, independência financeira, controle sobre seu corpo, o desprezo pela maternidade e a aversão à fé são alguns dos temas abordados e consequentemente abraçados como novo estilo de vida.

A funkeira Valesca Popozuda, interpreta a “canção” Tá pra nascer homem que vai mandar em mim. A letra embalada pelo ritmo erotizante fala através de expressões vulgares que a mulher não se submeterá ao controle financeiro de um homem.

Tá para nascer homem que vai mandar em mim

Tá para nascer alguém que vai me esculachar

Tá para nascer e eu já falei pra tu

Se ficar me enchendo o saco

Mando tomar

Vergonha na cara é coisa rara de se ver

Mal sabe meu nome e já tá querendo me ter

Nunca dependi de homem pra coisa nenhuma

Se tuas negas são tudo assim, desacostuma

Vou te provar que eu não sou do tipo de mulher

Que você paga uma bebida e eu dou o que tu quer

Enfia teu malote no saco e lambe o cheque

Tenho nojo de moleque

Pode ser pagodeiro, empresário ou cantor

Pode ser funkeiro, milionário ou jogador

O que você faz da sua vida não interessa

Vou mandar tu se f- porque sou dessas

A mulher não foi criada por Deus para ser “esculachada” pelo homem, tão pouco para embriagar-se de pecado: ser símbolo sexual, viver promiscuamente e desrespeitar ao marido. A seguir, uma letra interpretada por Pitty, Desconstruindo Amélia, aborda uma mulher que não quer abdicar de seus prazeres para cuidar da casa, dos filhos e do marido.

Já é tarde, tudo está certo

Cada coisa posta em seu lugar

Filho dorme ela arruma o uniforme

Tudo pronto pra quando despertar

O ensejo a fez tão prendada

Ela foi educada pra cuidar e servir

De costume esquecia-se dela

Sempre a última a sair

Disfarça e segue em frente

Todo dia até cansar

Uooh

E eis que de repente ela resolve então mudar

Vira a mesa

Assume o jogo

Faz questão de se cuidar

Uooh

Nem serva, nem objeto

Já não quer ser o outro

Hoje ela é o também

A despeito de tanto mestrado

Ganha menos que o namorado

E não entende porque

Tem talento de equilibrista

Ela é muita se você quer saber

Hoje aos 30 é melhor que aos 18

Nem Balzac poderia prever

Depois do lar, do trabalho e dos filhos

Ainda vai pra nigth ferver

A música é apenas uma das artes em que a figura feminina tem sido desconstruída. Goethe já dizia em sua célebre frase: “O declínio da literatura indica o declínio de uma nação”. A literatura e o cinema representam personagens ansiosas para entregarem-se às paixões. Só não entendem que as paixões lhes entregam prazeres volúveis, passageiros, incompletos.

A obra literária Ana Karênina, de Léon Tolstói é excelente para analisarmos os mais diversos comportamentos humanos. A obra inicia com uma reflexão: “Todas as famílias felizes se parecem entre si; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira”. O enredo destaca uma mulher que decide entregar-se aos desejos e viver satisfazendo suas paixões. Ana conhece um jovem marinheiro, Vronski, quando vai visitar seu irmão e acalentar sua cunhada que padece pela traição de seu marido. Ela ajuda sua cunhada a superar a traição e liberar perdão. No entanto, a própria Ana, render-se-á ao adultério. Seu marido, um homem importante para a Rússia, temendo a morte e prestígio social, acaba por acatar o adultério da esposa exigindo-lhe apenas discrição. As escolhas de Ana a colocará distante de seu filho e a tornará ciumenta, instável e infeliz. Seu trágico fim é descrito nesse trecho:

“[...] Não apartava, porém, os olhos do vagão que se aproximava. No momento preciso em que o centro desse vagão que lhe passava diante, jogou fora a maleta vermelha, e afundando a cabeça entre os ombros atirou-se-lhe para debaixo, caindo com o corpo em cima das mãos. Depois, com um ligeiro movimento, como se quisesse ainda levantar-se, quedou ajoelhada. Nesse instante sentiu horror do que fazia. "Onde estou eu? Que faço eu? Para quê?", quis retroceder, atirar-se para trás, mas, entretanto, qualquer coisa enorme, inflexível, a apanhou pela cabeça, arrastando-a de costas. "Senhor, meu Deus, perdoa-me tudo!", pronunciou, sentindo que lhe era impossível lutar. Um homenzinho resmoneava, martelando uns ferros por cima dela. E a vela, à luz da qual Ana lera o Livro da Vida com todos os seus tormentos, todas as suas traições e todas as suas dores, resplandeceu, de súbito, com uma claridade maior do que nunca, alumiando as páginas que até então haviam estado na sombra. Depois crepitou, estremeceu e apagou-se para sempre”.

A cunhada de Ana também é uma importante personagem, resiliente, encontra na dedicação aos cinco filhos e a casa um refúgio para suportar as feridas provocadas pelas traições de seu esposo. Liêvin e Kitty formam o terceiro casal de destaque do romance russo. Liêvin, assim como Ana, também rejeitado, apresenta um caminho distinto para superar os problemas, através de sua constante busca pela beleza e pelo bom, apesar de seus desvios morais. Alguém comum que descobre suas imperfeições e, apesar de muitas vezes não conseguir impedi-las de praticar, arrepende-se sinceramente.

A maternidade

Falar de maternidade é falar sobre mãe, sobre mulher, iniciemos execrando qualquer teoria diabólica que entenda que seja possível construir socialmente um homem ou uma mulher, no sentido mais estrito. Nascemos homens ou mulheres. Foi assim que Deus nos criou. Nossas sensações mais profundas, ou reproduções de mantras, ou pensamentos positivos não são capazes de volver um homem em mulher ou vice-versa.

Na primeira semana de março de 2022 Edwina uma comissária de bordo, ganhou notoriedade nas redes sociais após ser filmada acalentando um garotinho que fazia sua primeira viagem de avião ao lado de seu pai. O senso comum, contrariando as teóricas feministas, chama essa atitude de instinto materno.

Em Gênesis 1.28 o Senhor instrui: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra e sujeitai-a [...]”. A mulher foi especialmente escolhida por Deus para receber a dádiva de gerar. Ser mãe é a missão da mulher. Prover e proteger a sua esposa e seus filhos é a missão do homem.

Contrário a essa ordenança, o movimento feminista dissemina o ódio às crianças. Banaliza a prática de assassinar os bebês ainda no ventre de suas mães, ou, quando de forma mais sutil, propaga a ideia de que as crianças atrapalham as mulheres e as impedem de desenvolverem todo o potencial em sua carreira profissional. Decorrente das teses feministas, as mulheres estabeleceram uma ordem de prioridades que se enquadram: o trabalho, a casa própria, o carro, as especializações, os pets, havendo tempo, talvez, a maternidade. A Palavra nos instrui que “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. (Salmos 127:3). Louve a Deus cumprindo o seu chamado, cumprindo as ordenanças de Deus.

A mulher que teme ao Senhor amará a maternidade apesar de todas as suas privações, alimentará seu filho com seu leite e se regozijará; preocupar-se-á com a formação intelectual de seu filho, mas sobretudo, a espiritual. É a mulher que transmite aos filhos sua prática de fé e ensina-os a respeitar o seu pai. Opte por filhos crentes no Senhor Jesus, tementes a Deus, que honre os pais, a filhos ricos e bem-sucedidos materialmente. Nossa missão é louvar a Deus e importa-nos mais sermos salvos, embora tenhamos de padecer neste mundo, a viver uma eternidade distante do Criador.

Quanto ao eufemismo aborto, uma vez que é assassinato, é incoerente dizer: meu corpo, minhas regras e declarar-se cristã. As cristãs devem recordar-se das palavras do apóstolo Paulo “[...] não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2:20).

Ademais, “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”. (1 Coríntios 6:19,20). Logo, as regras são estabelecidas por Deus, não por nós.

Sede pois submissa

Homens e mulheres são iguais diante de Deus em valor e dignidade, mas possuem funções diferentes. Efésios 5:21-33:

Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne". Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.

O homem foi estabelecido por Deus para ser o cabeça da mulher, se isso incomoda alguma mulher, ela quem precisa analisar a si mesma e buscar em Deus acalento para que seu coração aceite Sua vontade. Ser submissa não é sinônimo de ser humilhada. Jesus submeteu-se a Deus, e isso não o tornou inferior, por contrário, isso o glorificou:

Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome (Filipenses 2:5-9).

“A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba. O que anda na retidão teme ao Senhor, mas o que anda em caminhos tortuosos, esse o despreza’ (Provérbios 14:1,2). Se a mulher anseia exercer o papel de seu marido, ou despreza a maternidade, está caminhando por caminhos tortuosos e desprezando o Senhor, não tardará para que derrube a sua própria casa, pois ela é uma insensata.

Certa mulher disse: “Estou acabada, isso é culpa do marido e dos filhos”. Digo-lhes: Não! Ela escolheu um marido por paixões e não por qualidades, não por ele amar a DEUS. Escolheu mal! Quanto aos seus filhos, ela os educou mal! De que se queixa o homem que não de seus próprios pecados? (Lamentações 3:39).

A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como podridão nos seus ossos (Provérbios 12:4). A mulher rixosa, fofoqueira, que não modera seu tom de fala, humilha seu marido e difama a Palavra de Deus:

Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada. (Tito 2:3-5)

Submeter-se e respeitar o marido o fará sentir-se forte. Um homem forte protege e prover. A mulher respeita e o homem sacrifica-se. Ao submeter-se às escrituras a mulher é instrumento para que o marido seja transformado. Obviamente, não estamos aqui defendendo que em caso de violência, qualquer que seja, a mulher submeta-se. Não! Para os casos de crime, há a lei. Às solteiras o trabalho do Senhor e a submissão à igreja.

Paul Washer prega que o caráter piedoso de uma mulher é o maior presente para um homem. Se não agirmos com piedade, com renúncia, seremos meros frequentadores de igreja e teremos uma família mundana.

Depravação

Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido, como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma. Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. (1 Pedro 3:1-7)

O filósofo Edmund Burk assevera que a beleza possui suavidade, fragilidade, delicadeza e maciez. Todas as qualidades encontramos nas mulheres. A mulher é bela. Mas as teorias feministas tentam extrair da mulher esses atributos.

Vestir-se honrosamente acentua a beleza, mas vestir-se com sensualidade, com lascívia é pecado. A esposa do pregador Paul Washer diz que a roupa deve ser a moldura do rosto. Se você chama a atenção para seu corpo, você está em pecado. Nosso corpo é para nosso marido, não para ser exposto em praias, piscinas, redes sociais, ou qualquer outro lugar público.

Devemos ser vigilantes, pois facilmente nos adaptamos às mudanças imorais. Lembram da história do sapo posto dentro de uma panela com água quente? Ele saltará dela, mas se a água estiver fria e for posta ao fogo, ele não perceberá as mudanças e certamente morrerá. Estejamos atentos e resistamos as mudanças que nos afastam de Deus.

Grandes Mulheres na Bíblia

(Extraído de: https://www.bibliaon.com/grandes_mulheres_da_biblia)/

Sara, já idosa, abandonou tudo para viver em tendas pelo resto da vida. Ela ficou sempre do lado de Abraão, para o apoiar. Sara creu em Deus e, com 90 anos, o seu sonho realizou-se ela teve um filho! Deus encheu o seu coração de alegria.

"E Sara disse: Deus me encheu de riso, e todos os que souberem disso rirão comigo."

Miriã nasceu e cresceu como escrava no Egito, mas ela cuidou de seu irmão bebê, Moisés, que tirou depois seu povo da escravidão. Além de líder de louvor, Miriã era profetisa e muito respeitada entre os hebreus.

"E Miriã lhes respondia, cantando: Cantem ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro." Êxodo 15:21

Raabe era uma prostituta de Jericó, mas ela salvou a vida de dois espiões hebreus. Por causa disso, sua família foi salva quando os hebreus atacaram Jericó. Por sua fé, uma mulher desprezada ganhou um lugar entre o povo de Israel, se tornou antepassada de Jesus e ganhou um lugar entre os heróis da fé!

"Pela fé a prostituta Raabe, por ter acolhido os espiões, não foi morta com os que haviam sido desobedientes." Hebreus 11:31

Débora era uma profetisa e juíza que liderava Israel quando não havia rei. Ela convocou o exército e animou os guerreiros, que derrotaram os opressores. Debaixo da liderança de Débora (e Baraque), Israel teve paz durante 40 anos.

"Já tinham desistido os camponeses de Israel, já tinham desistido, até que eu, Débora, me levantei; levantou-se uma mãe em Israel." Juízes 5:7

Rute não era israelita, mas ganhou um lugar entre o povo de Deus por sua dedicação a Deus e o seu amor à sua sogra. Ela abandonou a sua casa e família para servir a Deus. Trabalhadora e respeitosa, Rute conquistou o coração de Boaz e foi a bisavó do rei Davi.

"Rute, porém, respondeu: Não insistas comigo que te deixe e que não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus!" Rute 1:16

Ana não podia ter filhos, mas ela confiava em Deus e orou com fé por um filho. Quando Deus lhe deu um filho, ela dedicou-o a Deus, em gratidão. O seu filho Samuel cresceu no templo e tornou-se um grande profeta.

"Então Ana orou assim: Meu coração exulta no Senhor; no Senhor minha força é exaltada. Minha boca se exalta sobre os meus inimigos, pois me alegro em tua libertação." 1 Samuel 2:1

Ester era uma jovem israelita que ganhou o maior concurso de beleza do seu tempo e tornou-se rainha da Pérsia. Ela foi muito corajosa e arriscou a sua vida para salvar o seu povo de um grande massacre. Deus deu beleza, graça e inteligência a Ester para que ela pudesse proteger o seu povo.

"O rei gostou mais de Ester do que de qualquer outra mulher; ela foi favorecida por ele e ganhou sua aprovação mais do que qualquer das outras virgens." Ester 2:17

Maria era uma jovem simples que foi escolhida para uma grande missão: ser a mãe de Jesus. Ela não rejeitou essa missão, mas aceitou com fé. Maria certamente ajudou a educar Jesus e, anos mais tarde, o viu ressuscitado em glória!

"Respondeu Maria: Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra." Lucas 1:38

Priscila é um exemplo de trabalho em equipe. Ela trabalhava com seu marido Áquila para espalhar a palavra de Deus. Eles eram amigos de Paulo e fundaram uma igreja na sua casa. Priscila e Áquila também ensinaram e prepararam um homem chamado Apolo para a obra de Deus.

"Saúdem Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus. Arriscaram a vida por mim. Sou grato a eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos gentios." Romanos 16:3-4

Abigail era esposa de Nabal, um homem rude e mau. A ignorância de Nabal quase levou a sua família a destruição ao insultar Davi. Abigail procurou pacificar a situação culpando a si pela situação. Davi a perdoou e a sua casa foi preservada. Nabal - após tomar consciência do que fez - teve um ataque e morreu dez dias depois. Após ficar viúva, Abigail tornou-se mulher de Davi tendo um filho, chamado Quileabe.

“Davi disse a Abigail: "Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel, que hoje a enviou ao meu encontro. Seja você abençoada pelo seu bom senso e por evitar que eu hoje derrame sangue e me vingue com minhas próprias mãos!” Samuel 25:32-33

Tabita - ou Dorcas em grego - era uma serva de Deus que se dedicava a praticar boas obras e dar esmolas. Naqueles dias ela ficou doente e morreu. Ao saber da presença de Pedro na cidade trataram de chamá-lo. A sós no quarto, Pedro orou e Dorcas voltou a vida para honra e glória do Senhor!

"Tabita, levante-se". Ela abriu os olhos e, vendo Pedro, sentou-se. Atos 9:40b

Lídia era uma comerciante de tecido de púrpura, artigo bem valioso. Apesar do seu sucesso no comércio, isto não a impediu de servir a Deus. Batizada, abriu a sua casa a Paulo até que fosse estabelecido a igreja em Filipo. Lídia teve um papel importante na edificação da igreja naquele lugar.

“Tendo sido batizada, bem como os de sua casa, ela nos convidou, dizendo: "Se os senhores me consideram uma crente no Senhor, venham ficar em minha casa". E nos convenceu”. Atos 16:15

Maria de Betânia não era uma mulher de boa fama. Ao ungir a cabeça de Jesus com nardo puro, chegou a ser criticada pelos discípulos por derramar um óleo de grande valor. Maria manteve-se calada e Jesus a defendeu. Maria nos deixa um grande exemplo: reconheceu a Cristo com tudo o que tinha e não deixou de adorar a Deus devido às críticas.

“Eu asseguro que em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado, também o que ela fez será contado, em sua memória". Mateus 26:13

Provérbios 31:10-31:

Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos. É como o navio mercante: de longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho. Cinge os lombos de força e fortalece os braços. Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca. Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado. No tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra. Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas. Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.

Feminista, não! Feminina

O feminismo comparou as mulheres aos homens e chegou à conclusão que ser homem é melhor. Propagou que as atribuições masculinas seriam mais interessantes e o papel feminino infrutífero, tedioso. No fundo, elas apontam os problemas existenciais decorrentes da queda e dizem que as soluções estariam em suas mirabolantes teses.

Mas afinal, como a mulher retornará ao centro da vontade de DEUS, tornar-se-á idônea e auxiliará seu marido, ou será útil à comunidade eclesiástica? Ser virtuosa é ser imitadora de Cristo, nisso reside a verdadeira feminilidade.

Constituir uma família é constantemente fazer renúncias, é frear as paixões. Isso parte de uma análise de nossas condutas, identificar nossos desvios e não fingir pureza moral. Identificar nossas falhas é o primeiro passo rumo à santificação. Devemos nos abster de nossas paixões, fugir da tentação e não ficar flertando com elas. Isso é domínio próprio.

Uma sociedade completamente entregue aos prazeres não se constituirá numa sociedade feliz, como prega o mundo, mas numa sociedade frustrada, animalesca, despida de virtudes, pois o mérito habita na renúncia. A razão nos instrui a aniquilar nosso próximo, afinal o que é mais fácil que eliminar qualquer obstáculo que te impeça de alcançar seus objetivos? Mas a fé instrui a amar. Qual seu maior objetivo? Galgar conquistas aqui na terra ou a herança no Céu? A lógica em Cristo nos educa a perder para poder ganhar.

No mais ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém! (Judas 1:25).

Amanda Danielle Rocha
Enviado por Amanda Danielle Rocha em 12/04/2022
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