RESILIÊNCIA - Capacidade de se reinventar e se atualizar foi decisiva para o sucesso do Grupo Otávio Lage
Além da disposição para o trabalho duro – muitas vezes estafante -, uma qualidade foi imprescindível para o sucesso do Grupo Otávio Lage desde o início: a resiliência, a capacidade de se reinventar.
No final da década de 40 do século passado até meados da década de 50, os negócios ligados ao café foram prósperos, com intensa produção na Fazenda Itajá. Com a chegada de Otávio Lage para ajudar o pai – que era deputado federal e ficava a maior parte do tempo no Rio de Janeiro, então capital do país -, a lavoura passou a ser irrigada.
Otávio passou a se dedicar também na plantação de arroz, milho e soja, além de investir na criação de gado. Quando o ciclo do café se esgotou no país, muitos produtores rurais quebraram e não conseguiram se reerguer. O Grupo Otávio Lage já havia diversificado sua produção, com outras culturas e com a pecuária.
No início dos anos 80, vendo que só a pecuária não seria suficiente para preencher a mão-de-obra disponível na cidade, o grupo entrou para o setor industrial, produzindo etanol. Quando as colheitas tiveram que ser mecanizadas, encolhendo a mão-de-obra, o grupo investiu na produção de seringueiras, resolvendo o problema.
Quando o setor de sementes começou a ruir, negociou com a Limagrain, que passou a ocupar esse mercado, abrindo mais postos de trabalho e gerando mais renda para Goianésia.
Como tudo na vida, a atividade econômica também é feita de ciclos. A grande sacada dos líderes do Grupo Otávio Lage foi sempre perceber o momento de se reinventar, de ir por outro caminho quando preciso, de fazer diferente e sobreviver num mundo onde a competição é implacável e só os resilientes conseguem ficar de pé.