A necessidade de um lar saudável para a boa educação dos filhos.
À primeira vista, pode parecer que estou me tornando repetitivo porque, de vez em quando, abordo o assunto envolvendo a educação familiar. Acontece que a complexidade em se minimizar as conseqüências de um lar desajustado, permanece cada vez maior devido à ausência de diretrizes educacionais, por parte dos pais os quais, se perguntados, respondem sempre que estão direcionando os seus filhos no caminho certo, para se tornarem pessoas bem ajustadas à sociedade.
Embora queiramos o melhor para os nossos filhos, nem sempre o conseguimos, em razão do desconhecimento das melhores técnicas, as quais proporcionariam um melhor resultado, caso fossem aplicadas.
Assim, nada é mais importante, em termos de educação, que prepararmos os filhos com o objetivo de se tornarem livres, porém responsáveis, cientes e conscientes da utilização das leis e normas disciplinares, pois, sem a observância das mesmas, a vida em sociedade seria impossível. Em muitos casos, obtém-se deles uma adesão espontânea e procedimento pleno às referidas normas.
Esporadicamente, porém, ao invés de motivá-los e de treiná-los para isso, passamos a exigir deles obediência imediata e incondicional, usando e abusando de ameaças e recursos baseados na violência, sem imaginarmos que esse caminho pode ser o mais curto, mas é também o mais nocivo à formação de sua personalidade.
Por essa razão, nós, pais, devemos procurar a sensatez, através da tolerância, da enérgica orientação e, principalmente, da coibição e liberação, quando se fizerem imprescindíveis. Podemos aceitar como normal, a partir de certa idade, o comportamento de oposição do filho, desde que não se torne sistemático, vendo isso, não como um abuso aos preceitos da família, porém surtos naturais de amadurecimento, de independência, que não devem ser tolhidos, mas sim estimulados e favorecidos, por intermédio da diplomacia, evitando ferir suscetibilidades, abstendo-nos de provocar irritações que ensejariam a quebra da harmonia doméstica.