PRIVATIZAÇÕES E A DOENÇA HOLANDESA NO BRASIL
-Entre os anos 1930 e os anos 1980, o Brasil experimentou um longo período de industrialização de sua economia. Essa industrialização foi induzida em grande parte pelo papel ativo do Estado na formação dessa economia industrial. Foi assim que o governo de Getúlio Vargas criou empresas públicas muito importantes, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN, criada em 1940), a Companhia Vale do Rio Doce (1942) e mais tarde a Petrobras (1953). Por décadas, praticamente todos os setores-chave da economia eram controlados pelo Estado. O setor bancário brasileiro também tem expressiva participação do Estado, com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Esse modelo foi inclusive reforçado durante a ditadura militar, que criou centenas de novas estatais que atuavam não apenas em setores estratégicos, mas também em setores menores, como hotelaria e até supermercados.-
A partir dos anos do governo Collor o Brasil iniciou um processo de privatizações de empresas públicas Brasileira e foi nesse momento que o país começou a ser desindustrializado, o setor de pesquisa e geração de tecnologia começou e ser desmontado, e a nação passou a importar produtos. Esse é apenas uns dos aspectos visíveis das consequências negativas das privatizações descontroladas e sem critério, que atinge o pobre trabalhador na forma de desemprego, e a nação toda é atingida com a Doença Holandesa, que é a dependência do Brasil em usar apenas e tão somente das riquezas naturais em estado bruto como forma de comercio com outros países devido a não contar com uma indústria e setor de pesquisa científica fortes e atuantes para inventar, criar e fabricar produtos, gerando riqueza, emprego e renda.
A única forma de criar e estabelecer um parque industrial forte e um setor de tecnologia pujante é a partir de empresas públicas, pois é ao estado nacional que interessa fortalecer esses setores, e é do estado nacional que tem que partir o incentivo, a indução para criar, estabelecer e consolidar o setor industrial público forte que motivará o setor privado nacional e seguir progredindo.