PADRES E MAÇONS LIDERARAM A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817
Neste domingo (06.03.2022), comemora-se 205 anos da Revolução Pernambucana de 1817. O dia 06 de março é a "Data Magna de Pernambuco" e faz homenagem a este fato histórico, que tornou a então capitania, uma república independente do Brasil.
O movimento libertário também ficou conhecido como a "Revolução dos Padres". Na época, o clero católico aliou-se à Maçonaria, formada por liberais que defendiam os direitos de cidadania, a liberdade de pensamento e uma imprensa livre, baseados nos ideais Iluministas (1680-1780). A difusão dessa base ideológica foi feita justamente por uma Loja Maçônica, o Areópago de Itambé (Itambé), e pelo Seminário de Olinda.
Nesse movimento anticolonial, os pernambucanos tomaram o poder, romperam com o governo da família real portuguesa e declararam independência da Coroa.
A reação lusitana foi enérgica: 14 líderes foram executados (a maior parte, enforcados e esquartejados; outros fuzilados) pelo "crime de lesa-majestade". Outros centenas de revolucionários morreram em combate.
A "República de Pernambuco" durou 75 dias - de 06 de março até 20 de maio de 1817. Nesse período, o "país" vivenciou as liberdades de imprensa, de consciência e de culto religioso; a legalidade e transparência das ações do governo; e a instituição do princípio dos três poderes. O governo provisório providenciou imediatamente a libertação dos presos políticos, a extinção de alguns impostos, o fim dos títulos de nobreza e o aumento dos soldos dos militares.
Muitos ideais dos revolucionários de 1817 ainda são defendidos na atualidade, como o fim das desigualdades sociais e a redução dos impostos.
Alguns líderes da revolução de 06 de março:
- Frei Miguelinho
- Padre Roma
- Cruz Cabugá
- Gervásio Pires
- Frei Caneca
- Domingos Teotônio Jorge
- Padre João Ribeiro
- José de Barros Lima
- Domingos José Martins
- Antônio Henriques
- Padre Pedro de Souza Tenório e
- Antônio Carlos de Andrada e Silva.