ARTIGO – O Brasil pelo avesso – XXI – 15.01.2022 (PRL)

 

ARTIGO – O Brasil pelo avesso – XXI – 15.01.2022 (PRL)

 

 

Se político eu fosse, decerto também me preocuparia com os acontecimentos tristes que abundam diariamente no país.

 

Quando vejo o primeiro mandatário do Brasil dizer, quase todos os dias, que nada pode fazer para conter o aumento dos preços dos produtos fornecidos pela Petrobras, porque é calculado com base no dólar, isso no mundo inteiro, fico a me perguntar: Será que somente agora o nosso Presidente veio a saber disso? Por que temos de nos sujeitar ao jugo da empresa e de seus acionistas, em detrimento da nossa população, mormente a mais pobre? Do que adianta produzir quase a totalidade do nosso consumo e não fazer proveito dessa dádiva divina? Não encontro resposta razoável para essas dúvidas, palavra de honra.

 

Ora, já pensou se numa guerra, vamos imaginar o pior, o país atacado por uma potência mundial, nos limitarmos a dizer que não se pode fazer coisa alguma, e sucumbir sem luta, mesmo inglória, mas com raça e disposição para a batalha!

 

A Constituição brasileira dá ao governo amplas condições de resolver problemas insolúveis no campo das negociações. No petróleo, por exemplo, não se pode depender dos governadores dos Estados, até porque nada fazem em prol da atividade, desde a pesquisa, extração, refino distribuição e vendas, digamos assim, salvo morder bruscamente com o imposto de circulação de mercadorias e serviços, que representa um verdadeiro assalto aos bolsos dos cidadãos brasileiros. É bom saber que recebem também os “Royalties” pela produção obtida, cuja distribuição é 40% para a Federação, 22,5% para os Estados, 30% para os municípios produtores e 7,5% para o restante do país.

 

Fica muito interessante quando tentam ludibriar a população, alegando que não tem havido aumento de ICMS. Claro que mesmo os percentuais se mantendo estáveis, quando é o caso, a arrecadação se eleva substancialmente, em face do aumento nos preços desses bens indispensáveis à vida de nós todos. Certo que deram uma parada quanto à elevação da alíquota desse imposto, que chamam de congelamento, mas já anunciaram o fim dessa bondade para o final deste mês.

 

Quero tentar entender, mas não consigo. Se o povo brasileiro elegeu, com larga margem, um candidato que prometeu resolver os problemas desta nação, claro que não tem lógica essa narrativa de dizer que se está impedido de agir em defesa desse mesmo povo, que espera até hoje um posicionamento mais austero, porquanto forças lhe deu pra que isso possa acontecer. Não se trata aqui de golpe algum, repito sempre, mas apenas uma voz firme e forte dizendo que chega de tanta exploração.

 

Evidentemente que o mercado de ações sentirá a presença forte do governo, mas não é justo e nem aceitável que a nossa inflação continue abocanhando os poucos rendimentos das classes menos favorecidas, que não têm obrigação alguma de sustentar a distribuição de dividendos para investidores, sejam nacionais ou não. Urge, por conta disso, a imediata privatização da exploração desses bens, porquanto não pode praticar o que fora proposto em sua criação pelo grande presidente Getúlio Vargas.

 

Está bastante claro que o petróleo é nosso, mas a Petrobras, não!

 

Fico por aqui.

 

Meu abraço.

Imagem: Internet/Google

 

SilvaGusmão

ansilgus
Enviado por ansilgus em 16/01/2022
Reeditado em 17/01/2022
Código do texto: T7430837
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