Governo marroquino: Balanço de gestão de 100 dias da tomada de posse
Segundo o relatório do Centro Al-Hayat para o Desenvolvimento da Sociedade Civil e Controle de Trabalho do Governo, ele aponta os resultados de gestão durante estes primeiros 100 dias nos pontos repartidos entre positivos e negativos, cujas falhas e realizações são .
- Continuar com o cumprimento dos compromissos relativos à rápida homologação dos decretos de implementação para a generalização da cobertura de saúde e pensões,
-Acelerar a convocação do comité de investimento e aprovação de um número importante de projetos de investimento.
- Responder de forma rápida por parte do governo à interrupção do fluxo de gás do gasoduto por parte da Argélia
- Enfrentar o desequilíbrio parcial, deixando por trás as necessidades energéticas do Marrocos e com vista a encontrar alternativas eficazes e eficientes, possíveis de continuar a abastecer o mercado marroquino com as suas necessidades de gás.
- Estudar as obrigações de valor agregado em benefício das empresas e contratações marroquinas, impactando a situação financeira e a disponibilização de liquidez para as empresas nacionais.
- Fortalecer a coordenação e harmonia entre os atores econômicos e sociais, superando as diferenças consequentes do aumento do desemprego, objeto da discussão na frente parlamentar, por meio da assinatura da carta majoritária.
Quanto aos pontos negativos:
- incapacidade do governo em recorrer a extensas nomeações para cargos de chefia,
- Ausência de nomeações partidárias da maioria do governo, uma vez que as nomeações não ultrapassaram 9 em cargos de responsabilidade, dos quais se destinava à nomeação de decanos para um grupo de instituições universitárias.
- Ausência de quaisquer iniciativas ou saídas de comunicação por parte do chefe do governo,
- Ausência de comunicação sobre várias medidas e procedimentos governamentais, em termos de esclarecimentos sobre um conjunto de processos controversos e decisões tomadas pelo governo.
- Confusão quanto à nomeação e exoneração do ministro da Saúde, a menos de uma semana de posse do governo,
- Regresso do ex-ministro da Saúde ao cargo, sem dar explicações convincentes, com a falta de abertura de consultas entre as partes formantes o governo para deliberar sobre tal pasta ministerial
- Missão de centralidade e do trabalho do governo;
- Atraso registrado quanto à nomeação do Secretário de Estado, estipulada na notificação da tomada de posse do governo pelo Rei.
- Inadequação do governo quanto às competências e estruturação dos diversos setores do governo dada a engenharia e dos novos polos governamentais,
- Falta de quaisquer medidas ou providências para lidar com o aumento significativo dos preços para com os produtos básicos.
- Retirada repentina e incompreensível do projeto de lei penal do Parlamento, tal matéria vai no sentido da vontade de introduzir mais alterações e levar tempo suficiente para a sua implementação, sem qualquer prazo claro,
- Fracasso do chefe do governo a realizar qualquer reunião com os diversos partidos sociais e profissionais, apesar da conjuntura económica e social.
- Difícil situação do início dos trabalhos do Governo, com vista a ausência de quaisquer iniciativas de diálogo social nacional para com as centrais sindicais.
- Para as academias do ensino, a medida governamental tem sido “súbita e confrontada”. objeto da falta de direção generalizadora da compensação financeira para um grupo de setores afetados pelas decisões da pandemia de Corona e graves prejuízos do desempenho, do trabalho e dos status do governo.
Enfim, um dos pontos críticos é do silêncio do governo sobre as medidas do combate à corrupção, do desinteresse do governo em relação aos dossiês complicados e difíceis, dos fundos de pensões e compensação, além da ausência de qualquer orientação capaz de cobrir a fraca comunicação às vezes confusa para com os dados e medidas tomadas, na margem das coletivas de imprensa semanal, e sobre a gestão governamental.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário- Marrocos