Quem tem um minuto para me ler?
O tempo passou tão rápido, como pode?
É o que 100% de todos nós pensa nós, os mais velhos, ao tomar consciência de que realmente a terceira idade chegou. Parece que foi ontem que me olhei e me senti adolescente- pensamos nós.
Sim, exatamente, parece que foi ontem !O tempo deu um pulo, engoliu vários degraus de uma só vez. Vislumbrávamos um mundo inteiro na nossa frente, bonito ou menos bonito mas sempre um espelho para cada um dos nossos sonhos e ambições pessoais: nossas mais puras expectativas.
Com certeza um mundo onde poderíamos construir uma família e futuro no mínimo idênticos aos de nossos Pais ; um cantinho igual ao teto que nos abrigou, à casa onde crescemos e que nos serviria eternamente de chão. Seria, com certeza isso que a vida nos reservaria. Ou não?
Oh , não! Afinal não era bem assim! O exemplo ficou, os bons ensinamentos serão lembrados para sempre, mas infelizmente nem sempre aplicados ou possíveis de serem copiados. O futuro é como uma caixinha de surpresas e sempre com hora certa para ser aberta.
O caráter o mantemos, a personalidade firmamos, a postura se equilibra com maiores ou menores empurrões daqui e dali, mas o mundo é confuso, a vida é surpreendente , extremamente competitiva, e as pessoas tão imprevisíveis!...Ah, como são imprevisíveis!
Fica a experiência e a necessidade de nos defendermos, ou não? Tanto quanto o “calor” do momento... Sim, por que não assumir as nossas “intempéries” do tempo?
Quem se identifica?
Quem, e sem demagogias de “como vai parecer se eu falar”, se enquadra nesta luta pela sobrevivência de um mundo que nos faz agir diferente do que queríamos , sonhávamos e ambicionávamos, por tantas vezes nos sentimos perdidos?!
Cada um de nós teve ,e terá, suas próprias vivências , pisou caminhos que só ele próprio conhece e saberá exatamente a razão porque agiu desta ,ou daquela maneira. Sim, claro, teve de vencer e lutar e com unhas e dentes na grande maioria das vezes; viu-se obrigado a criar defesas, cimentar muros ou por vezes derrubá-los pois não havia quem o fizesse por ele!
Cada um sabe de si, ou não? A questão é:
-vamos assumir erros com muita lucidez e realismo, mas tão quanto compreensão. Somos humanos e sim , erramos! Apesar de racional a nossa natureza , somos feitos de matéria, sangue e carne .
Derrubem-se teorias, frases de “efeito e prontas”, e enfrente-se a bonita autenticidade.
Vamos nos assumir, SEM CULPAS.
Não esqueça a sua tão sonhada viagem a Paris, a Roma ou uma visita à sua terra Natal porque você merece.
Feliz ANO NOVO para todos.
Teresa