CAMÕES E O SONETO
(Minha pequena homenagem à alma de todos os poetas)
Luís Vaz de Camões... Poeta nascido em Lisboa em 1524 e lá falecido a 10 de Junho de 1580
Será mesmo?!...
Mentira!... Em tais datas, nasceu e morreu, o cidadão Luíz Vaz de Camões, porém Camões- o poeta dos poetas, são todos eles IMORTAIS!
Morto o homem, continuaram, no esplendor da vida, os poemas do gênio, a perpetua-lhe o nome.
Foi, de Camões, obra maxima, "Os Lusíadas"
Provindo do berço do Renascimento- Itália- surgiu em portugal, uma nova forma poética: o soneto: duas quadras e dois tercetos juntos, em harmonia. A Camões pertence, também, a autoria de vários sonetos; quem não ao menos uma vez ouviu: "Alma minha, gentil, que te partiste, tão cedo, desta vida descontente..."? Pois são estes os primeiros versos do vigésimo soneto de Luís de Camões; todos os versos desta poesia são decassílabos heroícos. Deu Camões, ao poema, rima oposta, fazendo-a entre o primeiro e quarto verso de suas quadras; é uma rima feita entre palavras paroxítonas e a partir da sílaba tônica dessas, portanto é rima feminina soante.
Eis a história do poema:
ama-a o homem, o poeta diviniza-a. Ela morre; a dor daquele, extravasa-se pela palavra desse, chamando-a de sua própria alma, alma essa que partiu, abandonado-o à tristeza
"Alma minha gentil que te partiste" cedo demais, para longe desta vida, para o eterno descansar, deixando-me a tristeza, por todo sempre, como companheira
Tu no céu onde te encontras, se te é dado da vida terrena recordar, não te esqueças do imenso amor ardente, que, a teus olhos, nos meus, tão puro se mostrou
E, se a dor imensa que a mim causou tua partida, de ti merece atenção alguma,
"roga a Deus, que teus anos encurtou"
que tão cedo de cá me leve a ver-te
quão cedo de meus olhos te levou"