Eutanásia!

A paciente, uma cadela de 15 anos, da raça Cocker Spainel, de olhos tristes, podia-se ver o medo e a insegurança do cãozinho.

O proprietário foi entrando e logo explicando que o animal estava muito mal, cheia de tumores nas mamas e tinha um cheiro que ninguém mais agüentava.

Ao examinar a paciente, observou-se um coração fraco com batimentos rápidos e o cordão mamário esquerdo com tumorações bastante agressivas, que deveriam ter sido

cirurgiadas pelo menos um ano atrás.

Mesmo assim, entendeu-se que a patologia era tratável e informou-se ao proprietário, que imediatamente interrompeu o médico veterinário, afirmando que não teria mais como ficar com o animal e que desejaria mesmo sacrificá-lo e que em não sendo possível, procuraria um outro colega para fazê-lo.

Diante da certeza dessa decisão, foi explicado então

que o proprietário deveria pagar os custos da eutanásia e do enterro do animal, mas que ele seria mesmo operado e se bom ficasse, doado a quem dele interessasse. Ele ( o animal do proprietário), disse que não teria problema algum, pagou os custos e saiu sem ao menos olhar para trás, deixando no seu livre arbítrio um grito de alerta.

E assim se desfez da amizade, dos sentimentos e das alegrias trazidas, que ficaram esquecidas, lá nos primeiros anos da vida daquele animal.

Na Clínica ficou o velho cão, curado e livre da estupidez humana do seu falso amigo!

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 19/11/2005
Reeditado em 19/11/2005
Código do texto: T73636
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