BROMÉLIAS DENGOSAS

Não é novidade que enfrentamos uma epidemia NACIONAL de dengue.

Na verdade, como tudo que é estatística por aqui, devemos ainda contar com números subnotificados , uma vez que o próprio diagnóstico da doença, por cracterísticas intrínsecas ao quadro, nem sempre é confirmado, visto que pode se confundir com outras viroses, NAQUELES CASOS MAIS FRUSTOS.

Mas um fato tem me chamado a atenção, aqui na nossa São Paulo:

Recentemente, após uns desses dilúvios que a cidade tem sofrido, a imprensa mostrou a situação estarrecedora do lixo boiando pela cidade,e uma imagem que me impressionou foi a situação da zona cerealista no centro da cidade, que mesmo sem chuva é um lixão a céu aberto, e não é de hoje.

Lá são descartados ao espaço público, para quem quiser ver, todas as sucatas de caixas de madeiras, plásticos pets, restos de frutas , verduras, enfim aquele fim de feira a mercê dos mosquitos e roedores!

Não sei se há ficalização para aquele absurdo. Há rios cujas imediações são inundadas por nuvens de pernilongos, que agradecem aos detritos! E parques públicos com águas limpas, pouco correntes, que também são perigosas...

Ocorre que as campanhas contra a dengue, aliás que se fazem úteis e emergenciais obviamente, focam as residências com sua caixas d'água,seus descartáveis e suas flores, e me pareceu que já elegeram os grandes vilões da transmissão: Os pratos das plantinhas das donas de casa.

Tenho a impressão que fica difícil, ainda que controlando todos os focos residenciais, quando não se resolve a sujeira da cidade!

Precisamos do exemplo de cima, e da conscientização e PUNIÇÃO de quem suja o espaço público!

Doenças infecto contagiosas, e não só a dengue, são finos termômetros das condições sociais.

E temos registrados números preocupantes de outras moléstias, inclusive as que já eram consideradas sob controle eficaz, como tuberculose, hanseníase, esquistossomose, leishmaniose, sarampo, varicela, conjuntivites,meningites bacterianas, enfim uma gama de patologias que denotam que nem tudo vai tão bem quanto noticiam.

Portanto é importante que os cidadãos tomem consciência das condições sanitárias das suas cidades e que cobrem da autoridade pública responsável o que nos é de direito.

E que façam a sua parte, porque nessa batalha somos todos soldados!

Que não se culpe então, apenas os vasinhos das nossas casas, e as decorativas, mas potenciais bromélias dengosas.