Dependência química, um enigma
Bem, quero começar a desenvolver um assunto, mas inicialmente, gostaria de fazer uma pequena introdução.
As substancias psicoativas ( drogas ) alteram o Sistema Nervoso Central (SNC ), provocando naquele que faz uso reações psicossomáticas. Seus efeitos e conseqüências podem ser de ordem psíquicas, biológicas, neurológicos e sociais. Alguns também adquirem uma doença, denominada dependência química. Esta dependência pode ser psicológica, física ou ambas dependendo a droga usada.
A aquisição da dependência está relacionado ao indivíduo de maneira particular, dependendo de sua estrutura bio – psíquica, tendo a predisposição orgânica do usuário como fator fundamental ( por uma gama de profissionais ) do usuário a determinado tipo de droga usada.
Devido toda esta disfunção orgânica, psíquica e sociais o Estado, interfere através de políticas publicas para que tais substancias sejam controladas ou mesmo não usadas pela população, devido o já exposto acima.
A partir desta introdução então quero desenvolver o assunto.
Muitas divergências há sobre este tema, e diversas abordagens tentam explicar a melhor forma de tratamento, porem não encontra uma resposta definitiva ou que atenda a todas as linhas de pensamentos, sendo assim, abre muitas discussões e controvérsias
Quando atuamos no tratamentos, observamos que varias realidades e ações diferentes das pessoas em relação ao uso de drogas.
Quero aqui citar algumas:
1. Há pessoas que determinado período de suas vidas fazem uso moderado de drogas, mas com o tempo deixam sem menor problema.
2. Também há aquelas que fazem uso abusivo durante anos, mesmo dando a nítida impressão que adquiriu a doença, depois de um período também param naturalmente.
3. Há aquelas que devido a alguns conflitos psicológicos passam a consumir drogas, porem, também com o tempo e solucionado o problema emocional, não tem dificuldades em deixar as drogas.
4. Outros consomem drogas moderadamente pela vida afora, sem prejuízo algum social ou “ aparentemente” psicológico.
5. Existem aqueles que tornam dependentes químicos, mas que devido alguma doença biológica, deixa-as, mantendo a abstinência sem necessidade de ajuda qualquer.
6. Também tem aqueles que devido as circunstancia são obrigados a deixar as drogas, porem, necessitam de tratamentos longos psicoterapeuticos, participação em grupos de mutua ajuda.
7. Tem aqueles que mesmo após a necessidade imediata de parar com o uso devido as complicações biológicas, não conseguem e desta forma continuam a consumir mesmo sabendo do risco.
8. Há também aqueles que após tratamento em Comunidades Terapêuticas, conseguem deixar as drogas e manter-se abstinentes.
9. Outros, mesmo por meio de Comunidades Terapêuticas e vários outros tipos de tratamento não conseguem superar as drogas.
10. Existem os que através de internações em clinicas sob uso de medicação de psicotrópicos param com as drogas às quais buscaram tratamento.
11. Outros que buscam estes tratamentos além de não deixarem as drogas, adquirem dependência dos psicotropicos.
12. Há aquelas que em outras espiritualidade orientais, que não o cristianismo deixam as drogas.
13. Há alguns que buscam todas as formas de espiritualidade, mesmo assim não conseguem.
14. Tem dependentes que através de outros tipos de drogas mais leves, conseguem deixar as mais pesadas e assim, conseguir superar ou pelo menos uma redução de danos.
15. Já para outros este mecanismo serve de estímulos para um consumo ainda maior de drogas, e vivem recaindo.
16. Para uns, a recaída pode levar dias, meses, anos ate atingirem o ápice novamente..
17. Outros estas recaídas podem ser instantâneas, com apenas uma gole mínimo
18. Determinadas pessoas somente recaem se fizer o uso da drogas.
19. Outros o próprio ambiente já proporciona a recaída.
20. Uns, mesmo fazendo uso de drogas indiretas não recaem. Porque desassociam a droga do contexto de drogas.
21. Já outros, o simples contato indiretamente com determinadas elementos químicos de determinadas drogas já é suficiente para a recaída.
Poderíamos aqui ainda colocar muitas outras circunstancias para falarmos sobre as diferentes realidades das drogas e de usuários, dentro disto perceber a complexidade que é este assunto. Por isso, que cabe uma unidade e respeito pelos vários conceitos e linhas de pensamento.
Nem mesmo aqueles que vencem as drogas tem uma resposta concreta sobre este assunto, quando entra neste debate está sempre a falar subjetivamente, isto é, fala segundo sua visão pessoal e de experiência interior, juntamente a partir de sua experiência de tratamento.
É a partir de toda esta realidade que devem ser os trabalhos preventivos, toda uma discussão sobre este assunto, e que devem construir políticas publicas. Sem sensacionalismo; sem fundamentalismo; sem liberalismo, mas conseguir maior êxito e resultados no combate as drogas.