FOGO CRUZADO NAS AVALIAÇÕES SOBRE A OPERAÇÃO DA POLÍCIA NAS FAVELAS – CADA UM TEM A SUA OPINIÃO - EIS   A MINHA
 
No início do filme Tropa de Elite 2, Wagner Moura, no belíssimo papel do Capitão Nascimento, faz uma pequena abordagem sobre a convivência entre o Tráfego e a Polícia do Rio de Janeiro. Na minha cidade têm mais de 700 favelas, quase todas dominadas por traficantes armados até os dentes. É só nego de AR-15, Pistu-Use, AK-47. No resto do mundo esse tipo de armamento é usado nas guerras, aqui são as armas do crime. Um tiro de 762 atravessa um carro como se fosse papel. É por isso que é difícil acreditar que os policiais vão subir as favelas só para fazer ladeira. Policial tem família, policial também tem medo de morrer. O que acontece no Rio de Janeiro é inevitável, o tráfego e a Polícia desenvolveram formas pacíficas de convivência, afinal ninguém quer morrer. Na verdade é que a paz nesta cidade depende do equilíbrio delicado entre a corrupção dos bandidos e a corrupção dos policiais. Honestidade não faz parte do jogo. Quando o convencional honesto sobe as favelas, parceiro, geralmente dá merda.
Não sou a favor da violência, mas o que vivemos no Rio de Janeiro é um verdadeiro estado de guerra. As pessoas de bem perdem suas vidas estupidamente, por causa de um carro, uma moto ou até um celular. Hoje, devido à pandemia e pelo fato das pessoas estarem mais isoladas em casa os índices de violência caíram bastante. Mas isso não impede que a bandidagem continue mandando em seu território. Entrada de drogas e armamentos pesados continua correndo soltos. Essa operação ocorrida no Jacarezinho que redundou na morte de muitas pessoas é triste e lamentável. Mas sou obrigado a concordar com o ponto de vista colocado pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, de que quando um policial entra numa comunidade para cumprir um mandado ou com o intuito de reprimir uma sequência de crimes contra o estado e este policial leva um tiro na cabeça, disparado por um traficante de cima de uma laje, aí o negócio foge do controle e acontecem essas tragédias. Engraçado é que a turma dos direitos humanos e os ditos especialistas em violência correm logo para condenar a operação policial. Leiam de novo o que disse o Capitão Nascimento acima e reflitam bem. Policial também tem medo de morrer, eles têm família. No meu modo de ver essa turma faz parte de uma sociedade hipócrita que acredita que as forças policiais não podem fazer uso da força para combater bandidos armados até os dentes.  Infelizmente, nessas horas o estado é de guerra sim. Admito que o Estado tenha que tentar entrar nas comunidades com serviços de saúde, escolas, oportunidades de empregos, saneamento e moradias decentes. Mas, primeiro tem que combinar com os russos (Traficantes), será que é isso que eles querem? É difícil, depois de deixarem chegar ao ponto que chegou. Estamos falando de mais de 700 favelas. E, finalmente, para concluir retorno ao que disse o Capitão Nascimento no finalzinho do filme numa comissão de inquérito instalada. “O que eu posso garantir para os senhores é que o policial não puxa aquele gatilho sozinho”.