25 anos sem as "Sete Quedas do Iguaçu"
Não poderia deixar passar em branco o aniversário de mais um crime brutal (entre tantos outros) cometido contra a Natureza e o Ecossistema, por isso estou publicando um pequeno resumo do texto “Sete quedas: 25 anos De Luto”, de autoria de Rubens da Cunha – Joinville/SC, publicado no Palanque Marginal.
Vale a pena ler o texto na íntegra e divulgá-lo.
http://www.palanquemarginal.com.br/ - acessar Artigos – é o artigo 2.
“(...) Há 25 anos atrás, mataram as Setes Quedas do Iguaçu, foi “afogado” pela Usina de Itaipu. Mais uma vez a destruição da natureza em nome do progresso e do conforto. A energia elétrica que consumimos diariamente vem desta morte.
Guilherme Dreyer Wojciechowski, no site www.sopabrasiguaia.com, descreve da seguinte forma a submersão dos saltos: (...) Em 26 de outubro de 1982, há exatos 25 anos, as águas do lago chegavam aos saltos. No dia seguinte, às dez horas da manhã, o último centímetro de rocha era coberto pelo charco barrento, vermelho. (...)
O que está feito está feito. Cabe às novas gerações olhar para esta morte e evitar que outros crimes ambientais de tal monta venham a acontecer.
Na época, Carlos Drummond de Andrade escreveu um poema chamado “Adeus a Sete Quedas”. Longo como a tristeza que o invadia.”
Adeus a Sete Quedas
Sete quedas por mim passaram,
e todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele
a memória dos índios, pulverizada,
já não desperta o mínimo arrepio.
Aos mortos espanhóis, aos mortos bandeirantes,
aos apagados fogos
de Ciudad Real de Guaira vão juntar-se
os sete fantasmas das águas assassinadas
por mão do homem, dono do planeta.
Aqui outrora retumbaram vozes
da natureza imaginosa, fértil
em teatrais encenações de sonhos
aos homens ofertadas sem contrato.
Uma beleza-em-si, fantástico desenho
corporizado em cachões e bulcões de aéreo contorno
mostrava-se, despia-se, doava-se
em livre coito à humana vista extasiada.
Toda a arquitetura, toda a engenharia
de remotos egípcios e assírios
em vão ousaria criar tal monumento. (...)
O poema inteiro encontra-se em:
http://www.avepalavra.kit.net/drummond/drummond30.htm