HENRY, UMA PASSAGEM FULMINANTE PELA TERRA
Henry tinha apenas quatro aninhos, uma criança que veio ao mundo para sofrer nas mãos de um impiedoso carrasco. Pior, com a aquiescência da própria mãe. Provas robustas descobertas no celular dela revelaram que ela sabia de tudo. Foram encontrados em seu corpinho 23 lesões motivadas por agressões contundentes que culminaram em sua morte, através de hemorragia interna com forte laceração do fígado. A mãe sabia quando presenciava ou quando a babá lhe passava que aquela figura abjeta, nefasta e nociva para a sociedade, conhecida como Doutor Jairinho, se trancava num quarto para torturar a criança, com rasteiras, pancadas na cabeça e em outras partes de seu corpinho indefeso. A própria mãe revelou que Henry sentia um pavor intenso, chegando a vomitar quando via o demônio-Jairinho. A mãe nunca moveu uma palha para acabar com isso, afinal era um filho seu. A mãe era uma mulher fútil, uma dondoca deslumbrada pela boa vida que levava com o canalha que torturava seu filho. Portanto, a mãe é tão ou mais culpada que o próprio criminoso. Existe um ditado Judaico que diz: “Deus não pode estar em todos os lugares, por isso fez as mães”. As mães de todas as espécies defendem seus filhotes com unhas e dentes e, dão a vida por eles, revelando-se aí o chamado “Instinto Materno”.