O SOL QUANDO NASCE É PARA TODOS

Absolutamente

muito poucochinho

de algo que não se vê

uma simples molécula,

que nem é morta

nem é viva

revestida

duma fina camada de gordura,

uma coisa invisivel,

extremamente perigosa,

se não tivermos cuidado,

se não respeitarmos

o distanciamento social,

ela acaba com a nossa raça.

A raça humana

pode estar á beira da extinção.

Cabe a nós

mudar todo o nosso desempenho.

Cabe a nós

repensar a nossa maneira de viver.

Esta coisa que não se vê,

colocou-nos a todos na mesma bitola

Independentemente

das tosses e dos espirros de cada um.

Tanto faz ser rico ou pobre

gordo ou magro

letrado ou analfabeto

branco ou preto

amarelo ou vermelho.

Ela não quer saber.

Somos todos farinha do mesmo saco.

Não tem complacência.

Ela é cega e surda!

Mas tem instinto maligno.

Primeiramente

quis transformar

todos os nossos cabelos

em horrorosas serpentes.

Desistiu porque se lembrou

que já não estávamos

no tempo de Górgona

e que merecíamos maior castigo.

A Terra também ficaria atafulhada

de estátuas de pedra

e esta coisa maligna,

não quer mal para a natureza,

mas quer exterminar

o mal que grassa pelo planeta,

nem que para isso

tenha que acabar com a humanidade.

Veio para impor as suas regras.

Veio para definir as duas eras.

Antes e depois da Covid 19.

Depende de nós

em qual delas pretendemos viver.

Na era antes da Covid,

temos os dias contados.

Depois da Covid

temos que nos adaptar

a uma completa reestruturação.

Não é fácil, mas é possível.

Na era velha

vai ter que ficar

a má lingua

a inveja

a discórdia

o ódio

a ganância

O suborno

A ingratidão

A desumanidade

A fome

A miséria.

Vivíamos em castelos de cartas

que esta coisa desmoronou

num abrir e fechar de olhos.

Que a gente aprenda a lição.

Que sejamos unidos

e irmãos de verdade.

Que aprendamos

a ser coerentes e honestos

gentis e justos.

Bondade gera bondade.

Que façamos bom uso da partilha.

Os bens essenciais

devem fazer parte do lar de cada um.

O supérfluo

é isso mesmo, supérfluo.

Que aprendamos a respeitar a natureza

e a cada um de nós.

Que aprendamos a amar.

Que o amor germine e cresça

no coração da humanidade.

Ficámos a saber

Que a generosidade

o espírito de ajuda

a entrega incondicional

ainda estão patentes

no coração de muita gente.

A nossa força está na união.

Todos juntos

conseguiremos mover o mundo

e viver em igualdade.

Para que preciso duma torneira de ouro

Se na casa do meu vizinho não há água?

Para que preciso de maçanetas de diamante

Se a casa do meu vizinho não tem portas?

Para que preciso desperdiçar comida

Se na casa do meu vizinho

Não há uma migalha?

É preciso haver fraternidade.

É preciso dar abraços

Transmitindo calor

Afirmando presença.

Eu estou aqui

Nunca mais vais estar sozinho

Nem passar fome e sede

O mundo será mais alegre

O ar mais puro.

Toda a criatura terá o seu espaço.

Haverá menos rancor.

Seremos mais felizes.

O ideal

é não ter que dizer, mais nem menos

mas sim,

eu estou aqui.

Já não estás sozinho.

O mundo é alegre.

O ar é puro.

Há amor.

Somos felizes.

Porque o sol quando nasce

É para todos!

@Maria Dulce Leitao Reis

Copyright 11/04/2020

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 11/04/2021
Código do texto: T7229259
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