Nem tudo é "assim mesmo"

Nem tudo “é assim mesmo”

Luiz Alberto Silveira

Nos conecta o tempo, saber viver, o amor e a morte.

O tempo é uma ilusão que teima em querer mostrar que na maioria das vezes tudo “é assim mesmo”.

O calor e o frio, a alegria e a tristeza, a juventude e a velhice, a saúde e a doença, o desgosto e o gosto, o amor e o desamor enfim, tudo “é assim mesmo”.

“É assim mesmo” é uma frase terrível, deveríamos aboli-la das nossas conversas.

Quando procuramos uma ajuda relatando sobre nossas vidas, nossas dúvidas, dores, temores, incertezas, e a resposta “é assim mesmo”, desaparece a solução e a esperança – nunca digas “é assim mesmo”, encontres outra forma, procures ajudar um pouco mais. “É assim mesmo” é difícil de ouvir em qualquer situação.

A segunda conexão é o saber viver para que não pensemos em querer voltar a ser desconhecidos, invisíveis, por termos feito escolhas que não contribuíram com a felicidade. Saber viver é saber fazer boas escolhas juntando à emoção de estar vivo uma forte dose de razão. Muitas vezes saber viver é saber mudar de atitude e quando não for possível mudar uma realidade entrar na que inspire a chance da felicidade é a melhor opção Te trates para viver ao invés de viver para te tratares.

A terceira conexão é o amor. Nesta conexão não busques sentir o amor, sejas tu o amor para que outros te sintam. Um amor que te torne diferente e igual ao memo tempo - diferente na magia de encantar e igual no encanto de saber amar.

Sobre o amor não pairam dúvidas e, se existem, vira a ampulheta dos teus dias e começa tudo de novo - imediatamente.

A última conexão, última mesmo, é a morte. Sobre a morte saibas que somos, todos nós, sem teto neste mundo terreno esperando voltar para casa.

Voltar para um novo nascedouro com a chance de encontros e reencontros tão esperados. Sendo assim, nada estará definitivamente morto mas, sempre vivo e melhor. Sempre teremos o tempo que nos resta pois o que vivemos passou e nos restará muito mais quanto deixa-se de ter a Terra como teto, alcançando um infinito de contínuos nascedouros. Assim, sempre teremos inveja da vida porque ela pode ser feliz sem nós e nós não conseguimos ser felizes sem ela.

Luiz Alberto Silveira
Enviado por Luiz Alberto Silveira em 02/04/2021
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