ARTIGO – O Brasil pelo avesso V – 30.03.2021 (PRL)
ARTIGO – O Brasil pelo avesso V – 30.03.2021 (PRL)
.... E tudo transcorreu como previsto nas pesquisas de opinião pública. O deputado Bolsonaro (PSL-RJ), na época, hoje sem partido, apesar de todos os percalços, foi guindado à Presidência da República por uma larga maioria, batendo o Doutor Fernando Haddad (PT-SP), que teve um desempenho extraordinário no segundo turno daquela eleição de 2018, devidamente ajudado pela grande mídia...e se demora mais um pouco...!!!
Veio a posse, as oposições, mormente o Partido dos Trabalhadores, à frente o grande líder Lula (PT-SP), prometeram não deixar o novo presidente governar. Quase uma dezena de acontecimentos inesperados foi registrada mês após mês, desde a contaminação das águas do mar nordestino; incêndio nas matas brasileiras, Amazônia e Pantanal, culminando com a chegada inesperada da COVID-19, que empestou o mundo e fazendo ainda mais vítimas fatais, sendo que o Estado de Pernambuco acaba de bater o recorde de mortes em 24 horas, como vem de noticiar aqui os meios de comunicação. Registre-se de modo especial a Rede Globo, a CNN e a BAND, que são gigantes, e outras de menor porte.
De sorte que não vemos muita diferença entre o clima político de março/1964, quando eclodiu o Golpe Militar, e o de agora, porquanto a situação do Capitão Bolsonaro piorou de maneira que quando se liga a TV, mesmo paga, nos canais da Câmara, do Senado e das emissoras já citadas, só se ouvem e veem críticas ao governo, especialmente ao titular, a ponto de ele, o presidente, não poder, sequer, dar um arroto, porque vão logo em cima. E como o mais alto mandatário não é bom nos discursos, ao que parece, a mídia recolhe o que conseguiu captar em suas provocações, e vai ficando um rolo compressor insustentável.
Nos idos de 1964 não se teve noticias de renúncia de militares a cargos públicos, como ocorreu agora com o Ministro da Defesa, o grande General Fernando Azevedo e Silva, que havia sido empossado desde o início do atual mandato presidencial, não se sabendo ao certo dos motivos dessa decisão. Quase sempre os militares entram na jogada para garantir a posse de alguém e/ou evitar que a nossa constituição seja maculada.
Quer nos parecer que essa renúncia é assim como um recado de que as Forças Armadas não querem de maneira alguma se intrometer com a área política, o que pode ser bom para o país, mas corre-se o risco de termos o presidente impedido por decisão do Congresso Nacional. O Doutor Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, eleito com a ajuda do presidente Bolsonaro, foi curto e grosso recentemente, quando disse que a Câmara dispunha de remédios amargos para corrigir rumos, sendo que alguns são fatais, e isso não agradou de maneira alguma aos adeptos do Bolsonarismo.
Nos idos de 1964 havia o povo gritando pelas ruas (lembrar do comício do dia 13.03), mas no momento atual a pandemia da COVID-19 tem levado os prefeitos e governadores a decretar o fechamento de quase todas as atividades socioeconômicas, naquele conhecido slogan “Fique em Casa”, e dessa forma não se pode ter o povo em praças públicas, até porque existe uma fiscalização severa por parte de entidades governamentais, inclusive com a presença de policiais armados até os dentes.
Então entendemos que o grande golpe foi dado com muita técnica, ficando poucas opções de governo. Talvez se queira forçar uma renúncia por parte do titular, e que restaria ser empossado o presidente da Câmara dos Deputados, colocando então o Brasil em polvorosa, porquanto não foi isso que o povo optou em 2018. Teriam de, antes, escantear o General Mourão, que é o vice-presidente eleito na chapa principal.
Acusam o presidente, segundo podemos captar, de não conduzir a contento esse grave problema da pandemia, talvez a única válvula mestra dessa possibilidade, pois até agora não se vislumbrou notícias de corrupção em seu governo. Tentou imitar o Lula, que falou na “Marolinha”, mas se deu muito mal, até porque a economia na época se recuperou rapidamente, e agora está difícil, apesar dos acenos do Doutor Paul, mas o que está havendo mesmo é um número significativo de mortes.
Amanhã aniversaria o movimento militar/golpe de 31.03.1964.
Essa é uma opinião de quem não faz opinião; que é leigo em assuntos políticos, mas que sempre desejou o bem para o seu país.
Foto: INTERNET/Google
Nota: Texto publicado ontem, mas excluído inadvertidamente.