REENCONTRANDO UM EX-COLEGA DE GINÁSIO: O JORGE BANDALHA.

REENCONTRANDO UM EX-COLEGA DE GINÁSIO: O JORGE BANDALHA.

sábado, 27 de março de 2021

Mesmo que me estruture para dissertar sobre o tema desse espaço é difícil não escorregar vez ou outra. A princípio deixando escapar a cronologia. E os relatos vão saindo aleatórios, em datas até confusas, de certo modo. Mas o importante é relatar os fatos para conhecimento de todos.

Não é tão fácil como muitos pensam, escrever. Requer certos detalhes e requisitos. Tempo, por exemplo, é um deles e dos mais importantes. E até nesse período pandêmico, esse aspecto está sendo facilitado, digamos, porque criou-se a obrigatoriedade da observância do recolhimento da população, na contenção do espalhamento do vírus e sua doença.

Mas vida que segue. E assim vamos vivendo, nos surpreendendo vez ou outra, como aconteceu alguns dias atrás, quando ao abrir a página do Facebook, deparei-me com uma mensagem de alguém. E não fazia parte do meu rol de amigos virtuais.

Surpreendentemente ao acessá-la, identifiquei a pessoa. Era o Jorge Cítera, um colega de ginásio, lá pelos idos de 1965, quando estudamos na Escola São Luiz Gonzaga, que já foi diversas vezes citadas nesse meu espaço literário.

Ele havia guardado os nomes completos meu e de meu irmão. Sendo assim ficou fácil identificar-me naquele site. Então solicitou-me aderência a ele, bem como forneceu-me seu número de celular, pedindo que eu entrasse em contato com ele para reaproximação. E assim o fiz.

Mutuamente recordávamos um do outro. Com isso reavivamos certas passagens daquela época estudantil. Também morávamos no mesmo bairro, o de Anchieta, uns quatrocentos ou quinhentos metros de distância entre nossas casas. Não mais do que isso. E costumávamos ir um à casa do outro.

Um pormenor nesse caso é que meu irmão e ele eram mais unidos. Mas todos vivíamos juntos, mesmo que esporadicamente houvesse algum arranhado entre nós, coisas de tempos de garotos. Mas nada que tenha marcado negativamente a nossa memória. E nos lembramos desse fato nesse reencontro.

O Jorge tinha um apelido. Era chamado de Bandalha. Segundo ele, foi o próprio autor desse apelido porque de tanto chamar outros colegas assim, estes resolveram tratá-lo com tal apelido, ficando definido e definitivo em sua existência.

Naquelas épocas todos tínhamos apelidos. Alguns até com vários deles, como foi o meu caso. Mas não havia essa frescura que existe hoje do famoso "magoei", a pessoa ofender-se quase que gratuitamente por nada. E até andam se processando uns aos outros vez ou outra.

É interessante esse tipo de reencontro porque noz remete aos bons tempos de nossas vidas. Tempos que não voltarão mais, com o acréscimo de se saber que alguns colegas daqueles tempos já não estão mais vivos. E nós, felizmente, já quase setentões, estamos num nível muito bom de existência.

*Em tempo: ao usar o apelido do Jorge, o fiz com o pleno consentimento dele, conforme autorização que solicitei ao mesmo antes da publicação dessa matéria.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 27/03/2021
Código do texto: T7217542
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