De 0 a 7 anos, você lembra algo?

O que você lembra até 7 anos?

Eu nascido em 14 de setembro de 1943, fazendo uma narrativa deste período, morávamos uma casa pequena de pau a pique e coberta de sape, feita por meu pai mesmo e alguns vizinhos, para inicio da jornada. Meu pai dedicava ao plantio de algodão e cereais para sobrevivência e tudo feito na raça mesmo, sem maquinário e feito manualmente. Me vem a tona as primeiras lembranças desde a fecundação, algo improvável, porém guardo as primeiras lembranças de ainda no colo de meu pai a noite voltando de uma visita a um vizinho de fazenda, em que passávamos próximo a uma lavoura milho em que dado ao movimento do andar os pés do milharal também parecia movimentar. Saber quantos anos eu tinha é tarefa agora quase impossível...Deveria ter 3 a 4 anos, pois a minha mãe levava outro no colo que nascera 2 anos depois de mim. Outro fato que me lembro foi quando já éramos 3 irmãos e brincávamos com grãos de milho o qual era servido às galinhas e que o meu irmão inseriu um grão no meu nariz o que deu muito trabalha com tentativas de tirar frustradas e me e levado para Cosmorama SP, distante a poucos quilômetros e fui no cabeçote do arreio com meu pai não achando médico disponível me levou ao farmacêutico várias tentativas infrutíferas e minha camisa cheia de sangue...O farmacêutico disse, não consegui tirar, esta difícil, amanha cedo o Sr. pega trem que sai bem cedo e leva a um médico especialista em São Jose do Rio Preto.Um carrinho de picolé apitando. O que é isso pai. É Picolé e me comprou um, que sai deliciando embora com dor e chorando. Em casa na roça, hora de dormir meu torra um pedaço de fumo e faz um pó e me põe a cheirar meio de longe e aconteceu que comecei a espirrar e o grão de milho saiu...Alívio , não precisamos ir para Rio Preto...Outra lembrança que tenho foi de ir junto a mãe levar comida para o pai na roça e no caminho sabendo que havia pepino em forma de verdura fatiada, quando fiz um certo escândalo eu quero comer pepino e a minha mãe teve que parar e me servir algumas fatias...

A mudança do Município de Cosmorama para o Municipal de Barretos, neste caso já com 6 anos e tinha que lembrar mesmo...bem antes lembrei de meu pai ter ido em um Município vizinho, Vila Parisi, ali pelas redondezas tentando comprar uma propriedade agrícola, ou melhor um sítio. Ele já possuía o dinheiro produto do algodão porém não comprou, pois seus ideais era Barretos mesmo, onde se agrupava seus parentes e fugindo da sogra que morava ali por perto e palpitava na vivência do casal...

Vamos mudar mesmo, caminhão na porta um Ford 1946 a gasolina, todos objetos arrumados, galinhas porcos todos no caminhão. Aparece a minha tia Teresa acompanha da mãe e mais irmãs mais nova e tenta por todo custo a dissuadir e aconselhando pai a desistir da aventura...Tudo pronto e elas minha avó e filhas até ajudaram...Despedidas e a minha tia Teresa chorando abre os braços defronte ao caminhão e tenta impedir a partida. O meu pai em cima da carga de mudança, desce e conversa com ela calmamente...Teresa, vamos procurar melhora fique tranquila, vou cuidar bem da sua irmã e vai dar tudo certo e assim ela desistiu permitindo a contra gosto a partida...A minha mãe na cabine com o motorista, eu e mais 2 irmãos e ela mais um na barriga...Na viagem em estrada de terra, vazava muita gasolina e o cheiro na cabine me fez vomitar o trajeto inteiro. O meu pai não vê o meu cachorro fiel pular e quando descubro, faço algumas ponderações descontente!... Pai vamos busca-lo? a

Algo que foi impossível...

Chegamos em Barretos, casa de um Tio, irmão do meu pai, 2 famílias casa de pau a pique pequena, muitas crianças que se sentem estranhos no ninho, eu brigo com um primo maior que eu e levo latada de maça de tomate no supercílio, sangra, a minha mãe se preocupa, vamos mudar, vamos mudar. Hoje analisamos que foi um apavoramento do meu pai mudar, sem ainda um local definido. Aventura pura mesmo e confiança nos parentes. Surge uma casa na fazenda e imediatamente mudamos, porem era uma casa de também de pau a pique, feita de metade de caules de coqueiros e telhas roliças e sem ensaibramento, sem revestimento nas paredes... A mudança foi levada de carros de boi, sendo um para a mudança e outro com milho em espigas, os porcos e as galinhas, dedicados ao sustento da família e nos fomos de carroça e o ano foi 1948/49. Começa os preparativos para lavoura, a criança que estava na barriga da mãe nasce e so vive 14 dias, pois nascera meio roxeada e eu acho devido ter demorado a nascer e também toda esta movimentação. confusão da viagem e devido também a minha mãe ter feito muito esforço e sem repouso. Estávamos naquela casa até surgir algo melhor e casa esta que morávamos tinha fama de ser assombrada, pois até houve estas insinuações, que pode ter sido por de medo e talvez temor...

Surge outra casa, outra fazenda, embora também casa de pau a pique, mas um paraíso em relação a outra, toda rodeada com quintais cheios de frutas de diversos tipos e na sequencia em meio a enormes lavouras de café sendo uma colonia,(para cuidadores dos cafezais) parece na minha lembrança + ou - 7 casas e a nossa a primeira, já na entrada. A mudança foi igual a outra, carros de boi, carroça e a cavalo e já vislumbrava um clima mais alegre e descontração e nesta casa acordávamos pela manha com o cantarolar das galinhas, pássaros e o mungido dos macacos que denominavam bugios e em brejo próximo, nasce mais uma criança, para qual vi a movimentação, arrear o animal colocar na carroça e indo buscar a Dona Augustinha, parteira da vizinhança,amanhece o dia, mais uma criança e o anos foi 1950...Cheguei até os 7 anos completos...

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 19/03/2021
Reeditado em 20/03/2021
Código do texto: T7211081
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