ARTIGO – O Brasil pelo avesso IV – 02.03.2021 (PRL)
ARTIGO – O Brasil pelo avesso IV – 02.03.2021 (PRL)
O Governo Federal diante da grande imprensa falada, escrita e televisada, comprometida com as oposições – e até nas sociais -- vai sendo vítima dos mais injustos comentários e críticas, isso diariamente, de sorte que à falta de resposta dos aliados, e são muito poucas, poderá contribuir para a perda de adeptos até que cheguem as eleições de outubro de 2022, quando deverá ser eleito o novo presidente da república.
Na data de ontem, segunda-feira, vi e ouvi falação robusta em face das filas que os idosos tiveram de se submeter para a vacinação contra a COVID-19, essa peste que invadiu o mundo e vem repicando sobremaneira com novas variantes, ainda piores, segundo dizem e mostram os noticiários, inclusive com a ocupação de leitos fora de série, como nunca se viu nos últimos tempos.
Mas se não são ocupados é por falta de doentes, e se o são em abundância é porque, certamente, os governos não se preocuparam em reforçar os hospitais, pois dinheiro e muito foi liberado pela esfera federal. Ao que se sabe, os leitos reservados são pagos mesmo sem serem utilizados, e isso se torna um bom negócio para os nosocômios; todavia hospitais de campanha foram erigidos e desativados sem que tivessem a utilização esperada. Mas as verbas seguiram para as cidades necessitadas até então. E falam até que houve desvios de milhões de reais por malfeitores de plantão.
Diante do quadro, penso que é bem melhor o idoso ficar na fila da vacinação do que na dos necrotérios e hospitais, não que considere isso justo, mas antes de tudo indica que o número de postos de atendimento deveria ser reforçado e, ademais, funcionar aos sábados, domingos e feriados, também em horário estendido, pois estamos numa guerra que nem sabemos se dela sairemos vencedores.
Aqui no Recife, por exemplo, o planejamento nos parece muito bom, porquanto no meu caso, para citar apenas um, não houve fila alguma, salientando-se que o atendimento foi como de primeiro mundo, em ambiente espaçoso, arejado, com garantias da Polícia do Estado, e o tratamento excepcional dos funcionários, auxiliares e enfermeiros, num clima excepcional, dentro da lei e da ordem.
Mas a politização da vacina é um caso inconcebível. O paraquedista, governador de São Paulo, Doutor João Dória (PSDB-SP), quer porque quer ser o próximo mais alto mandatário do país, e tem lábia para isso, além do que vem contando com a mídia todos os dias para entrevistas coletivas por ele comandadas, divulgando as atividades com a pandemia e já como palanque de sua campanha eleitoral.
A dificuldade de recursos está imensa; todos querem ajudar (?) com a prorrogação do auxílio aos mais necessitados. O Congresso já enfrenta o assunto e garantiu que vai aprová-lo, mas haverá necessidade de sugerir uma fonte para arcar com as despesas pertinentes, e já disse que não concorda com a criação nem aumento de impostos. Mas o governo de São Paulo andou elevando a carga do ICMS, cujos contribuintes estrilaram pra valer, inclusive em amplas manifestações de ruas naquele estado, que é o beneficiário desses recolhimentos.
Agora, o dito governador pretende entrar com uma ação no STF, a fim de obrigar o Ministério da Saúde a fornecer as seringas para a vacinação, alegando que as utilizadas até agora foram por conta de verba estadual. Enquanto o nosso Supremo for utilizado para decidir todo e qualquer assunto, jamais terá tempo suficiente para julgar a imensa quantidade de processos que dormitam no seu estoque. Seria isso uma forma de garantir a impunidade de alguém?!
Mas o que também não se pode engolir é esse novo aumento dos preços dos combustíveis, justamente depois que o presidente da PETROBRAS se encontra demissionário, parecendo medida de péssimo gosto para desgastar ainda mais a imagem do Capitão Bolsonaro. No tempo em que o signatário servia ao governo, o cargo era imediatamente preenchido pelo substituto, mas nesse caso o homem foi eleito em Assembleia Geral.
Meu abraço.
Paraquedista era o termo utilizado para criticar todos os que queriam tomar a vez de qualquer pessoa numa fila qualquer.
Fonte da foto: GOOGLE/Folha PE
Fonte da foto: GOOGLE/Folha PE